quinta-feira, janeiro 31

Análise Política 2013



Por William Washington de Jesus

No de ano de 2013 nada melhor fazermos uma análise politica logo assim que entra o novo ano, ainda mais com o fim da desastrada gestão do ex-prefeito João Castelo que é acusado de deixar o rombo na prefeitura de quase 1 BILHÃO DE REAIS e dar o calote nos servidores municipais (incluindo eu que sou serviço prestado) ao não pagar o salário referente do mês de dezembro.

É bem analisar a política na atual conjuntura porque se passou as eleições municipais, sabemos que são os eleitos prefeitos e vereadores, podendo assim fazer um comentário bem mais imparcial e sem o calor da emoção durante o processo eleitoral.

O nosso blog pediu voto crítico para o Edivaldo Holanda Jr., mas sem comprometer a sua postura política, que é a independência politica e partidário, fizemos isso em virtude do caos administrativo que se passou a cidade de São Luís nos últimos 4 anos, que foi sentida por todas as classes sociais, e votar nulo nessa conjuntura durante a eleição seria uma omissão ou podendo até mesmo contribuir para a reeleição, sendo que o João Castelo recebeu mais de 220 mil votos no 2° turno, o que é muito por sinal podendo garantir a eleição de deputado federal em 2014 caso seja candidato.

Por mais que ele seja corrupto, mau administrador e por ser apontado um dos piores prefeitos nos últimos 20 anos, superando inclusive a sua mulher e ex-prefeita Gardênia Gonçalves, ele é bom de voto e tem eleitores fieisque na maioria são idosos como a minha avó, por exemplo, que tem 91 anos, que sempre votam nele em qualquer eleição que ele se candidata.

Mas, contudo, com o desastroso governo, será muito corajoso a participar em eleição e pedir votos, porque para isso tem que ser muito cínico e cara de pau. Mas a nau tucana liderada pelo João Castelo (vulgo o João Buracão) afundou, e o novo prefeito não ficar acusando o seu antecessor pelo rombo deixado, porque as eleições 2014 está bem na nossa frente.

Porque o ano que estamos é 2013, mas já podemos falar de 2014 ou até antecipar em virtude de dois grandes eventos que acontecerão no Brasil, a Copa do Mundo FIFA e as eleições estaduais e presidencial, e aqui no Maranhão sabemos que a classe política se projeta politicamente para o futuro e não de agora.

E com essa razão, o Flávio Dino vem fazendo campanha para o governo do estado desde as eleições de 2010 quando foi derrotado pela atual governadora Roseana Sarney, a sua candidatura é praticamente unanime das forças oposicionistas que saíram muito bem nas urnas nas eleições municipais no ano passado (2012).

quarta-feira, janeiro 30

Livre como um Pirata - Cap. 1




Lembro de quando te vi pela primeira vez. Alguém havia lhe abandonado e lá estava você: ainda com os olhos fechados, enrolado nuns panos velhos, cheirando a leite. Na época a gente nem tinha uma casa pra morar, vivíamos de favor nos fundos da casa da vovó. Ninguém sabia o seu nome, daí fiquei lhe chamando de Pirata, não me pergunte o porquê. Todos te paparicavam muito, por que você era bem gordinho e engraçado e logo você aprendeu a engatinhar e nunca mais esqueceu: até hoje, só anda sobre duas pernas quando eu te pego pelos braços.  Nunca te faltou mamadeira, e as visitas te achavam lindo e profetizavam que você seria um garotão grande e forte quando crescesse. Bem, não foi o que aconteceu. De uns anos pra cá você teve aquela doença crônica que te enfraqueceu e você passou a babar muito e a cheirar mal. Hoje as pessoas te evitam por conta disso, e eu sei que você fica triste. Eu mesmo evito te fazer carinho quando você vem ansioso e carente me receber assim que eu chego do trabalho, correndo pra cima de mim, mas eu preciso usar essa farda por mais alguns dias e, por isso, fujo de você. E quando eu troco de roupa, me sinto meio culpado, e então volto pra te fazer um cafuné.

TODAS AS QUARTAS-FEIRAS

O brasileiro que comeu Janis Joplin






“Foi no festival do Parque em Long Island, EUA. Meu amigo Laudir de Oliveira, percussionista da banda Chicago, vinha pela estrada com uma cigana muito louca. Era ela. No dia seguinte, ela foi ver o show da minha banda. Ficamos juntos e fizemos muito sexo. Fomos para a Califórnia e ela me apresentou para várias estrelas: Jim Morrison, Jimi Hendrix, Kris Kristofferson… Nosso caso de amor se transformou em lenda e terminou no Rio de Janeiro.” Assim relembra o brasileiro Sérgio Augusto Bustamante (numa entrevista pra Istoé) ou mais conhecido como Serguei, e ele não é gay. Fala que é Pansexual. Transa com a natureza, e que se vê como uma puta. Fica nervoso sem sexo e tem uma virilidade de um homem de 30 anos. A casa de Serguei é em Saquarema (Região litorânea do Rio), onde ele mantém o Templo do Rock, com fotos, quadros, discos, artefatos e tudo que relacione a sua vida com o Rock.



segunda-feira, janeiro 28

Playmobil – o Garoto Assassino.



Brutalidade na TV
Caos na cidade
Sangue escorrendo pelo asfalto
Sou apenas um menor de idade
Com um skate na mão
Andando na contramão da vida
Quando a rua é minha
Fazendo meu jogo
Em pleno fogo

Playmobil rabiscava uma letra no caderno da escola dentro do seu quarto pra depois botar a melodia. Tava injuriado porque sua mãe não deixava mais ele sair pra andar de skate depois de ouvir da vizinha que ouviu do genro que mataram um jovem na porta da loja LOUCO REED DISCOS por causa de um IPHONE com 13 facadas. Segundo ela – o bandido perfurou os dois pulmões, o coração espocou pela boca da vítima e as tripas se desenrolaram no chão e depois um carro passou por cima espocando a cabeça voando pedaços do cérebro, cerebelo e bulbo e parte da medula espinhal. Não era um filme de Tarantino, era bem perto de casa o assassinato que a vizinha relatou com detalhes e a sua mãe repetiu - varias vezes - dentro de casa.

A notícia virilizou e a vizinhança se isolou dentro de suas paredes e ninguém mais sai na porta, ao anoitecer, com medo. Contrataram seu Madruga - o vigia pra fazer a ronda na rua e construíram também uma guarita pra ele. Rodava com uma moto e um facão com o cabo enfiado na cueca fazendo um relevo debaixo da camisa e do jeans.  Todos os santos dias das 10hrs da noite até 5 h da manhã - apitava e buzinava. Sabe-se que não houve mais notícias de assaltos. Dormiam bem ouvindo o barulho da moto lá fora.  

Passaram 3 mêses e seu Madruga começou a sofrer de um problema - Sono. Não conseguia mais ficar com os olhos abertos no horário da noite, apesar de tomar Arrebite. O negócio tava impossível e sua olheiras aumentavam a cada ronda. Estava numa Boca de Sinuca. Tinha que sair dela, precisava daquela grana pra pagar sua TV a cabo e não perder seus seriados favoritos: The Big Bang Theory e Friends. Mais a prestação de 100 pilas mensais do apartamento pra TODA A VIDA – um programa da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL para pessoas assalariadas. Comprou um CD que vinha gravação do barulho de uma moto e o som agudo do apito. Comprou um mini DVD e um Amplificador de som. Na guarita montou os equipamentos e apertou Play e pôs no MODO repetir a mesma música. Agora, podia dormir e receber a grana todos os meses.

Playmobil cada vez mais revoltado com sua mãe e com a violência dizia que era culpa do SISTEMA e a mãe não entendia o que dizia e ainda mais que sumiu seu skate, desconfiou que fosse ela. Saiu de casa depois de enviar sua cabeça dentro do forno e ligar o gás e esperar 50s e desligar. Foi pra rua e ouviu o barulho da moto e do apito e não viu ninguém. E o som continuava. E não via ninguém. E o som continuava. Não acreditava em fantasma, somente no super-herói Motoqueiro Fantasma. Foi na guarita e subiu a escadinha, abriu a portinhola e pela luz amarela de uma lanterna viu Seu Madruga dormindo estirado num colchão roncando agarrado a um ursinho do KUNG FU PANDA e viu de onde vinha o som da sua “ronda” que estrondava lá dentro como numa boate. Pegou o seu facão e enfiou direto no seu olho que saiu de órbita e caminhou pelo assoalho de madeira da guarita como uma peteca fazendo uma linha de sangue até despencar pela portinhola na calçada. Fez outro furo no meio da testa fazendo chover sangue na sua camisa do RENATO RUSSO e enviou mais uma na boca aberta que vez sua língua parar no braço esquerdo do KUNG FU PANDA. Decepou à sua mão esquerda e se lembrou da Família Adams. Cortou a cabeça estraçalhada de furos e pegou nas mãos e chutou como uma bola de futebol. E gritou:

- Gollllllllllllllllll.


domingo, janeiro 27

I


I

a única coisa que se vê é o breu. o escuro. o nada. o vazio. abre-se uma porta que se fecha rapidamente. ouve-se o barulho dos meus passos sobre o assoalho de madeira. uma luz enfraquecida começa a iluminar calmamente o lugar. ainda pouco se vê. apenas vultos. há uma cadeira. sento-me. bebo de uma garrafa de vinho que surge da escuridão aos meus pés.

— estava discutindo sobre você, meu querido personagem, antes de adormecer na cama e vir parar aqui. sinto sua presença. deixe-me vê-lo enquanto não me acordo desse sonho maluco. preciso ver a mim mesmo, esquecer-me-ei depois, eu juro! mas por um instante, me permita admitir a mim tudo o que me falta.

II

apareço diante de mim e percebo que estou diante do mais óbvio espelho.

caio no abismo da lucidez. tenho tentado me encontrar, mas encontrar a quem? sei que não posso. o desejo do encontro não passa de uma fuga deste encontro. uma fuga da existência. e essa fuga, que tenho realizado há tanto tempo, aonde me levou? uma dor imposta por anjos de asas quebradas e olhos furados pela chama da criação, da felicidade da multidão, do brilho de bilhões de estrelas apagadas toda manhã pelo despertador, invade minha alma e me torna esse alguém tão paradoxal por dentro. eu não faço sentido. tudo pode acontecer em mim, tudo, pois sinto o vazio onipresente da vida. o devir de um tempo que não existe, não pode existir. ainda ouço o ecoar do big bang. ainda possuo o caos das explosões vulcânicas agitando meus átomos. ainda sinto-me arrastar para o mar, com o desejo de um rio de sangue que sonha em levar tudo consigo. mas não posso, o nada é o que restará em mim. é para o nada que quero caminhar. só assim, tenho em mim todas as possibilidades como um Álvaro de Campos.

III

levantei-me da cadeira e me vi parado diante de um imenso abismo escuro no qual saltei sem pensar, sem mais delongas desapareci na ubiquidade. o que vi, não tenho como explicar."

sábado, janeiro 26

(O Exorcista) -Trilha Sonora


                                                          pense duas vezes


É inegável a influencia da música em nossas vidas, a música circundando os fatos, preenchendo memórias. Música perdura isso é fato, ela também possui uma forma peculiar de nós afetar sentimentalmente. Nos momentos bons ela permanece como marca indelével, nos momentos de medo e desespero também. Escolhi para hoje a trilha do filme (O Exorcista) do diretor William Friedkin baseado no livro homônimo de William Peter Blatty, lançado em 1973, (O Exorcista) entrou para história como talvez o mais horripilante filme de terror de todos os tempos. O enredo que conta a história de uma garota de doze anos de idade possuída por um demônio assustou milhares de pessoas no mundo inteiro quando foi às telas dos cinemas. Conheço uma história de um cinema no interior da Paraíba, que no dia da estreia do filme deixou estacionada uma ambulância na porta, prevendo pessoas passarem mal por conta das fortes cenas com a garota possuída. Mas além de ter recebido prêmios por conta da sua excelente maquiagem, som e roteiro. Esse filme se destaca pela excelente trilha sonora, as cenas de terror por si só eram assustadoras, porém com a trilha aumentou mais ainda o grau de pavor das cenas. O ápice é com a faixa composta pelo músico Mike Oldfield chamada (Tubular Bells) um tema angustiante composto ao piano, que entrou para a história dos filmes do gênero, como a composição que identifica atmosferas e movimentos de eminente perigo e terror toda vez que é tocada.  




sexta-feira, janeiro 25

Bandida! Vadia! Vou enfiar meu pau no teu olho!



O que tu viu naquele dia não era pra de jeito nenhum você contar pra ninguém. Um segredo, você sabe que não se conta pra ninguém, e não me vem com esse papo clichê que você não é baú. Sua bandida. Eu te odeio. Por mais que nosso lance não seja sério e blá blá blá. Espalhou pra todo o mundo, faltou publicar no jornal, mandava um e-mail com uma foto minha pro The New York Times.  A porra! Fazia um Meme e postava no Facebook pra galera apertar o botão curtir, compartilhar e comentar. Vadia!

Sua nigrinha do inferno vou te encher de tapa na cara, ta ouvindo? E não desliga esse celular e não vem dizer que a conexão ta ruim. Por que tem uma torre da TIM bem em frente da tua casa. Safada! Vou enfiar meu pau dentro do teu olho.

Sua leprética! Fiquei terrivelmente feio na fita com outras minas. Eu to fudido! Pior, não vou fuder mais ninguém. Tu me castrou, miserável. Na verdade não sei por que fui te fuder, e saiba que tava bêbado, drogado, fumei diamba, tinha cherado pó,  por que tu é feia pra desgraça. Parece o cão chupando manga.

E tu vai contar pra tuas amigas e teu amigos viados que eu... que eu... Viu?! A ga- gueira voltou, de- de-de pois de anos de fonou..di-di-di-lo- ga e yo-yo-ga-ga-ga-ga.

31 SEGUNDOS DE SILÊNCIO 

De onde tu tirou da cabeça que meu pau é pequeno. Tu fica comparando meu pau com o pau desses negão que te come, né? Como vou concorrer com os africanos? Porra não dá!

Pô, os créditos estão acabando aqui. Amanhã a gente se vê? Xêro. Eu te amo também.

quinta-feira, janeiro 24

Les Twins - Gêmeos Dançarinos



Já faz algum tempo que ando percebendo a dança, não somente como uma simples forma de organizar movimentos com o intuito de acompanhar peças e ritmos musicais. A meu ver a dança possui também um papel de linguagem artística, existe uma comunicação saindo de um corpo em movimento, com intenções de certa forma parecidas e objetivos inerentes as demais linguagens artísticas, como a poesia, o teatro e própria música em si. O vídeo que coloquei abaixo vem confirmar e exemplificar todas as palavras ditas aqui, os irmãos franceses conhecidos no mundo da (Street Dance) ou (dança de rua) como os gêmeos Les Twins. São a maior prova dessa linguagem, sensação em todos os principais concursos de (Street Dance) do mundo inteiro. Pouquíssimas vezes vi a sincronia, a inovação e a força serem usados com tanta criatividade. Essa é a palavra chave talvez para definir a dança dos gêmeos, no vídeo abaixo você verá passes de dança que somente eles fazem na atualidade, ou podemos dizer que nunca ninguém imaginou fazer. A cantora americana Beyoncê ficou tão impressionada que os convidou para fazer parte do seu grupo de dançarinos e coreógrafos.






segunda-feira, janeiro 21

Um poema de amor


Antes do poema de amor queria falar umas coisas que to aqui pensando em te dizer e fiz um esboço na minha cabeça quando fui comprar o tempero seco e o alface americano na feira aqui próxima pro almoço de hoje. É que eu ando tão ocupado e um tanto desorientado. Ainda preciso lavar as panelas, pratos, gafos, copos de ex-potes de extratos de tomates e tudo mais sobre a pia úmida cizenta com marcas amareladas de ferrugem. Também botar água na privada porque ta quebrada a porra da descarga. Em falar em quebrado. Machuquei o pé naquela pelada de ontem. To botando gelo (mas acho melhor ir bater um Raio-X). E preciso terminar aqueles relatórios do meu trampo. Eu sei que não é fixo. Mas da pra pagar a net e a prestação do notebook e aumentar um pouco minha autoestima e comprar cigarros e um livro legal e te convidar pra sair. Que tal? Eu sei que está rolando uma guerra no Oriente. O índice de alcoolismo aumentou e os acidentes de transito por aqui e os ônibus estão cada vez mais lotados. (não ando assistindo tanto telejornais, mas eu sei). Você sabe que falo sozinho. Talvez precise de um terapeuta. Ando abusando dos tranquilizantes e analgésicos e tenho uns parafusos soltos. Esquecer o suicídio e me achar na vida (o que seja lá isso). Bem, mas voltando pro poema de amor. Eu vou te dizer. Tenha certeza. É que to cansado e meio entorpecido pelo tranqüilizante e o analgésico que acabei de achar em cima da geladeira e enfiei goela abaixo com um copo d água do filtro de barro ao lado da pia que acabei de passar um pano pra tirar o molhado. Vou colocar mais umas flores cheirosas que me lembra aquelas asas de um quadro do Picasso de um garoto fumando ópio. Como é o nome do quadro mesmo? Esquece.  Vou tirar os espinhos - posso botar um rosa e um amarelo e aquela transa na pracinha? Você pode achar uma grande besteira. E uma palavra em desuso. Talvez ósculo rimando como com meus óculos. Pois uma vez eu te beijei sem tirar meus óculos e bati no seus óculos e rimos pra caramba. Daí falava sobre esse riso, os seus dentes curtos meio amarelados de tanto beber vinho tinto seco (que sei que é de todo sua origem estrangeira) e outras coisas que dizem que são bonitas e que confortam a alma e preenche um pouco o vazio que a gente tem sem nosso deus, pais e abraços. Mas to ficando com muito sono e me dispersando. Peraí! Os versos são o seguinte. Não vai ter nada de que falei dagora.
...
- Você gostou? Amanhã você vai acordar cedo. Eu sei. Me beija e me dá a mão.

As últimas horas de Janis Joplin



No último sábado dia 19 de Janeiro, Janis Joplin completaria se estivesse viva setenta anos de idade. Janis Joplin nasceu numa cidade de classe média do Texas (E.U.A). Desde cedo percebeu-se sua diferença em relação as demais garotas, principalmente no colegial, foi logo após uma crise de “acne” que Janis Joplin adquiriu uma postura arredia e de certa forma ríspida com todos a sua volta, segundo amigos mais próximos essa era a sua arma contra as pessoas que a taxavam de louca e revoltada. O sucesso veio com a apresentação dela e de sua banda no festival de Monterrey em 1967. De um dia pra noite ela virou a musa do rock sessentista, até o momento ninguém havia visto uma moça branca cantando o mais puro e verdadeiro blues com pitadas de rock ‘n’ rool. Desde muito cedo Janis passava horas infindas ouvindo Billie Holliday e Bessie Smith suas maiores influências, mas ela trazia para o palco dos festivais de rock algo mais, nas apresentações desnudava sua alma interpretando sucessos como “Summertime” e “Mercedes Bens”.

Certa vez respondeu a um jornalista dizendo que quando subia no palco de um show esperava sair dali com a sensação de ter transado com todas as pessoas da plateia. Janis Joplin não escondia a ninguém sua bissexualidade, depois de quebrar a cara com alguns namorados, em janeiro de 1970, ela estava de banda nova e tinha parado de usar drogas pesadas havia seis meses, com o novo namorado, fazia planos de dar um tempo na música para casar e ter filhos. Porém numa recaída acabou com uma que poderia ser a maior carreira feminina na música de todos os tempos. Após voltar da gravações em um estúdio da Califórnia para o novo álbum “Pearl” Janis Joplin morre de overdose por conta de uma pesada dose de heroína em seu quarto de hotel. O documentário exibido abaixo foi narrado pela fã brasileira a cantora (Pitty) no video ela narra o que seria as últimas horas da maior voz feminina do rock de todos os tempos Janis Joplin.


domingo, janeiro 20

Escrever




a madrugada se fez solitária. os pensamentos que há dias têm girado feito sirenes estonteantes dentro de mim acalmaram-se. um funk de 1982 toca suave no rádio. As janelas — estão fechadas.
a madrugada se fez solitária. posso despir-me de ideologias — não há ninguém vigiando: posso deixar de escrever sobre a falta ou o excesso de alegria, posso não me preocupar em ser o herói ou o anti herói, qualquer outra coisa que agrade qualquer um. 
o cão que ladra… sento-me na cama e olho fixamente para lugar nenhum. estou com a mesma sensação de quando cruzava por baixo das luzes dos postes em uma cidade longe de casa, em uma rua deserta qualquer. o cão silencia. passo a mão vagarosamente pela barba — e me lembro que já deveria tê-la feito há dois dias — é a insônia. por que eu estava chorando no chuveiro? caralho, será que tô enlouquecendo? ando agindo estranhamente, de modo insano, como quem está para partir. e quem disse que não estou? afinal, quem não está? oh, isso me atormenta. escrevo contra mim — não gosto de poetas: são uns filhos da puta egocêntricos. veja bem, todos os que conheço que se dizem poetas estão reunidos agora em algum grupo, se encontram apenas com outros poetas e então postam no facebook suas poesias, depois — céus! essa é a pior parte — eles ficam elogiando uns aos outros.
não. se precisar disso pra ser lido, então não quero ser. deixe-me aqui, no meu quarto, escrevendo raramente. em madrugadas vazias de calor humano. deixe-me escrever sobre a saudade de um abraço, de um olhar de admiração — colocarei a culpa de tudo no sono.
bem, se é a tristeza de um verão chuvoso que insiste em tomar conta da minha alma agora, o que posso fazer? ao menos não estou mais em uma ruazinha deserta longe de casa e — há uma cama desta vez, e o que me resta é deitar-me sobre ela. tristeza? acredito que não seja a palavra certa, mas acontece que estou desacostumado com essa tranquilidade toda, a paz que se deita nua sobre minha cabeça e beija o céu dos meus sonhos — quem disse que isso é bom? mas eu me acostumo, ah sim…




sábado, janeiro 19

Cidade dos Anjos - Trilha Sonora





Cidade dos Anjos é um remake de um filme do diretor alemão Win Wenders. O original data do ano de 1987 enquanto o remake foi às telas em 1998, com Meg Ryan e Nicolas Cage como protagonistas, a estória se desenrola em cima da paixão de um anjo (Nicolas Cage) que havia recebido ordens celestes para cuidar da cidade de Los Angeles, por uma jovem médica Meg Ryan. Com um final arrebatador e inusitado, a trilha sonora serve como mote para diversas cenas românticas. Contendo artistas do quilate de Peter Gabriel, Alanis Morissete, Jimi Hendrix e também de uma banda de Pop/Rock Americana pouco conhecida à época, chamada Goo Goo Dolls. A canção “Iris” talvez a mais próxima do enredo do filme fez com que eles alcançassem reconhecimento mundial. 



sexta-feira, janeiro 18

Veneno da Água Parada


Entrevista cedida por Reuben Da Cunha Rocha - integrante da Revista Pitomba - por via e-mail pra Diego Pires

DÚVIDA: A maioria dos integrantes da Revista Pitomba reside fora do Maranhão, ou são poetas/escritores mortos (sem menosprezar seus legados).  Queria saber mesmo, acho muito importante pra quem ler a revista.  Qual é a proposta ou as propostas?

Primeiro, vamos rever a contagem dos corpos: a revista é feita por três maranhenses, dois deles vivem em São Luís. Os colaboradores, como os editores, estão todos vivos. A não ser por alguns estrangeiros: mas esses foram traduzidos pelos vivos. De resto, tem gente de Alagoas, Ceará, Piauí, Bahia, Pará, Paraíba, Pernambuco, São Paulo, e até do Maranhão. Pessoalmente, gosto de definir a Pitomba! como uma revista de poesia, artes gráficas e sacanagem. Publicamos textos, histórias em quadrinhos, fotonovelas, fotografias e qualquer coisa que se consiga imprimir. Mas o critério dificilmente seria geográfico: não trabalhamos no IBGE, nem estamos no business do folclore. Gostamos de gente instigada de qualquer lugar.    

DETALHE: Por que a Revista não tem $preço impresso?

Não sei. Mas o custo, garanto, está todo lá.
 
TROCADILHO: Pitomba é fruta do inicio das chuvas no Maranhão e em tempo de seca pretendem continuar as publicações? (A revista não é mensal, semanal é aleatório o tempo - sazonal).  

Periodicidade é um tipo de compromisso que não temos dinheiro, tempo ou nervos para assumir. Nem consigo me lembrar em que data as edições saíram. Tentamos levar a revista ao ritmo da nossa paciência, acho. Além do mais, não esqueça de que o tempo, como explica o samba, é um pássaro de natureza vaga.
 

EU: Por que Narrativa Pessoal não é pretexto?

"Narrativa pessoal não é pretexto. Contexto não é desculpa" está na contracapa da última edição. Quando escrevi esse texto, pensava em meia dúzia de sentidos -- e pensei em outros agora a pouco, quando li tua primeira pergunta. Mas não posso nem quero monopolizar a leitura do que escrevo. Prefiro que um eventual leitor (bem-vindo e livre) leia sozinho e faça o que quiser com isso.  

EXTRAS

Google Adsense rima com poema?

Não sei o que é "google adsense", e nem tenho certeza de saber o que é um poema.
 
E por fim como é de praxe nas entrevistas por aqui pode dizer QUALQUER COISA p/ os leitores do Ponto.

Gozem enquanto há tempo. Acompanhem os lançamentos da Pitomba Livros e Discos. E como diz o preto velho: esperem veneno da água parada.
 

quarta-feira, janeiro 16

Precisamos de Poesia



A POESIA
NÃO PRECISA DE MIM
NÃO PRECISA DE TI
MUITO MENOS DE NINGUÉM
A POESIA
POR SI SÓ É PRECISA

OS ENCONTROS CASUAIS
NAS ESQUINAS DA COHAB
NUMA TARDE DE JANEIRO DE 2013
NECESSITAVAM BEM MAIS DA POESIA

QUANDO CARROS E BUZINAS
SUBIAM RUMO AO COHATRAC
ERA A POESIA
QUEM DIZIA A MIM
QUE AQUILO PODERIA VIRAR POESIA

PORÉM ELA NÃO PRECISAVA
NADA DAQUILO A ELA INTERESSAVA
PORÉM A MIM A POESIA CINTILAVA
NA MESMA MANHÃ DA CRISE ESTOMACAL
NA MESMA MANHÃ DO BEIJO AGRIDOCE
ERA POESIA INDEPENDENDO DISSO

A POESIA
NÃO PRECISA DE MIM
NÃO PRECISA DE TI
MUITO MENOS DE NINGUÉM
A POESIA
POR SI SÓ É PRECISA.





O Maranhão de Ferreira Gullar



Mais uma vez estou eu aqui de volta, para falar no (Ponto Continuando) desse que em minha opinião é o maior poeta brasileiro vivo. Não só por sua grande importância para a literatura brasileira dos últimos sessenta anos, mas também pelo motivo dele ter imaginado a arte como vetor de mudanças politico-sociais. Encontrei pesquisando na rede sobre escritores um documentário, que não diria apenas ser fundamental para qualquer artista do Maranhão ou de qualquer região do Brasil. E vou ainda mais a fundo pra dizer que ele é definitivo dentro de uma linha de pensamento, que acredita na inteira influência que a terra de origem de um poeta pode causar em sua obra. O documentário (O maranhão de Ferreira Gullar) de Marcelo Gomes e Hélder Aragão mostra em cerca de dez minutos de duração, toda a paixão e o fascínio que São Luís exerce sobre o homem e o poeta Ferreira Gullar, chega a ser emocionante a forma como o poeta se refere às lendas que tanto o chamaram a atenção na infância, os locais, a sua teoria sobre a luminosidade espessa do sol que cobre as manhãs da cidade. Em certo momento Ferreira Gullar fala dos poetas e escritores que lhe antecederam, entre eles Odorico Mendes, João Lisboa, Gonçalves Dias que deram a cidade o titulo de Atenas Brasileira. Em visita a Alcântara o poeta fala das igrejas e de sua homenagem à cidade na sua obra-prima (Poema Sujo). Portanto esse registro em minha opinião de maranhense e fã incondicional desse poeta, será para as gerações futuras uma das maiores homenagens que um artista pode dar a sua terra mãe.

terça-feira, janeiro 15

Pescadores da Raposa (MA-1978)








Mini-documentário sobre os pescadores da cidade de Raposa (MA) no ano de 1978, totalmente rodado em Super-8, o vídeo chegou a ganhar  o prêmio de melhor documentário na IV Mostra Nacional do Filme Super-8 do Centro Federal de Educação Tecnológica de Curitiba (1978), e o de melhor fotografia no II Festival de Brasília do cinema Super-8 (1982). De uma seminal importância histórica, por conta dos pouquíssimos registros cinematográficos que temos do Maranhão na década de 70.

Foda-se


Da janela do quarto


Da janela do quarto
Ela diz cheirar o futuro
Enquanto o vento que sopra
Brinca entre seu cabelo escuro

E poeta que sou
Rimo versos por beleza

Da cozinha a sala de jantar
Ela põe os pratos, talheres, feijão, arroz
A carne frita na manteiga
E a salada de alface com tomates sobre a mesa

Esqueço os versos e como.
O pudim de limão, também, da geladeira.

Assim
Ela faz o poeta,
Homem.

Que na cama
Se desmantela no seu corpo nu
E depois vai lavar as louças sujas.

segunda-feira, janeiro 14

Eris - Apesar dos Apesares








Eris é um projeto musical dos músicos Tammys Loyola e Sidney Melo. Com uma proposta intimista toda parte de programação fica a cargo de Sidney Melo enquanto Tammys toca ukulelê (Instrumento de cordas de origem desconhecida) que veio à tona no mundo pop por conta do Hawaiano Israel kamakawiwo'ole e recentemente pelo vocalista da banda grunge (Pearl JamEddie Vedder, que lançou um álbum somente com seu vocal acompanhado do ukulelê. O nome do projeto vem da (Deusa da discórdia Eris) Sem nenhum álbum gravado até o momento, o Eris fatalmente é o que pouco temos de interessante na atual cena pop maranhense, dentre outras coisas pelo fato de compor suas próprias canções e trafegar de forma livre e ousada por novos formatos musicais, diferente de todas as outras bandas da capital maranhense.







1.500 D.C.


estou íntimo

das paredes do quarto

fiz uma melodia no violão

e pensei nessa situação toda

já namorei uma vocalista

que fez uma canção pra mim

e uma poeta que fez um poema pra mim

uma atriz que encenou promessas pra

mim

uma louca que deitou no meu peito e chorou de madrugada

uma estranha que foi embora quando o telefone tocou

uma empregada da Tam que gastou as milhas pra viajar

mais de mil quilômetros pra dormir comigo

e todas elas eram

tão tristes e

sozinhas

e procuravam apenas

aconchego

e no final das contas

isso não tem nada a ver

com

amor.

Hilda Hilst - Transcomunicação.





Hilda Hilst foi uma importante poetisa brasileira com prêmios importantes em diversos gêneros literários. No ano de 1979 o programa fantástico da (Rede Globo) fez uma reportagem com a poetisa, segundo a mesma ela estava envolvida em experiências com (TCI – Transcomunicação Instrumental). TCI trata de experimentos que visam à comunicação com os mundos dos mortos, através de aparelhos de comunicação (Rádio, Televisão, Computadores e outros). Nessa reportagem Hilda Hilst afirma que se comunicou com o espirito de sua mãe através de um desses aparelhos, ela fala também que estava bastante antenada sobre o assunto, estaria inclusive na época trocando informações com especialistas europeus no assunto.

domingo, janeiro 13

Tradição ou Poemas e Batucadas






Bom de fato é isso
Amanhã estará meu filho por ai
Escrevendo poemas e mascando chicletes
Sempre a carregar nos olhos
A mesma pergunta que de tempos e tempos
Surge a nos fascinar.
Qual a importância da arte?
E ainda assim o cheiro do sal na (Beira Mar)
E ainda assim os blocos carnavalescos
Estarão contidos nessa Ilha


E essa Ilha sem isso
Seria apenas um punhado de terras.

sábado, janeiro 12

Cimento curado




Todos os dias eu acordo, e deixo dormir os pensamentos que não se calam à noite. Eu levanto, eu tomo café, eu sinto a brisa fria da manhã. Molho o rosto e sinto a água hidratar meu ânimo.  Eu sinto os sabores, sinto cheiro... Tudo como no tempo em que eu era eu criança acordando pra ir para a escola.

Mais um dia foi vivido e morto no crepúsculo. Talvez amanhã eu possa respirar o mesmo ar da infância. Mas maldade também amadurece, e nós matamos a inocência. Já não existe mais a leveza do tempo do recreio feliz, em que era divertido ver calcinhas coloridas das saias descuidadas. No tempo em que até a maldade era pueril. Sinto saudades de me sentir inocente. Mas a toda hora tentar roubar a inocência que ainda existe em mim. Eu ouvi palavras fáceis, de línguas cruas que escamam espinhos.

Eu acordo todo dia e faço da vida uma prece silenciosa. Bastaria o meu perdão, bastaria viver minha crença.  Minha penitência é ser tratado como gente grande o tempo todo. É ver meu menino exigido ter sido ser adulto no tempo em que eu não sabia ser. No tempo em que eu não tinha obrigação de ser. Obrigação de ser!

Eu me dispo da minha matéria, confesso minhas culpas. Veja, eu me desnudei, e gostaria de poder me mostrar assim sempre. Mas certas verdades ferem o pudor, e os olhares só enxergam o sexo no corpo, como se caíra a folha da parreira, e eu devesse me cobrir e ser expulso.   Eu morro hoje, sem o veneno que bebi no tempo eu que não tinha obrigação de ser puro. Em que não haviam instituído o pecado para mim.

Todos os dias eu acordo, e nenhuma sobra me segue. Eu chego a ter certeza de saber quem eu sou. Eu gosto de quem eu me tornei. Eu caminho para a luz que eu escolhi e a sombra ficou pra trás. A luz cria sombras e deforma a imagem real. A luz nas palavras dos sábios que nasceram gente grande, é a treva. Os que esqueceram que foram crianças, são os infanticidas do passado.

Meu tempo é hoje, estou nu. Vejam o quiserem ver. Quero mostrar que tenho coração, que existe vida nova em mim, que o ar que invade hoje meu pulmão, já não encontra nenhuma molécula da década passada.

Veja, eu tenho olhos castanhos, que já viram muito mais do que possam imaginar, muito mais do que eu queria ter visto. Pernas e meus caminhos, braços e tantos abraços, e apertos de mão, face a face. Eu ouvi ladainhas, eu ouvi misérias, eu ouvi gemidos, muitos provocados por mim. Ouvi pedidos de socorro, eu estendi a mão, eu repeti erros históricos, como um mantra.

Eu estou nu, venta e faz frio, mas quero que me veja assim mesmo trêmulo. Não existe roupa, e nenhuma matéria onde coisa alguma esteja inacessível.

Eu quero mostrar minhas marcas, tudo o que ficou gravado em mim. Podes ver o quanto quiser, e podes preferir desacreditar. Pode parecer uma pintura feia, um quadro muito abstrato. Gente não se faz de forma métrica. Talvez alguns panos devam mesmo estar em preto em branco. Eu te ofereço meus rascunhos e podes usar a tinta que quiser. Só não posso mudar o que já foi pintado.

Não peço a ninguém que me entenda inocente. Mas eu ainda sei sonhar. Eu acredito em gente grande, e tenho coragem de ficar nu quando sentir que devo. Um dia pensei que minha história podia ser escrita com tinta permanente, e tenho feito. Um dia eu pensei que tudo que escrevi a lápis, eu poderia apagar. Mas eu seria metade páginas em branco, e tudo escrito depois, se derramaria e viraria um borrão confuso e insustentável. Eu ainda sei sonhar. Eu acredito no amor. Eu sempre amei, eu sempre quero.E sou a soma de tudo que vivi. Não creio que poderia ser diferente. Não vejo porque ter sido.

Sobre os pecados cometidos, talvez neste momento eles me reclamem ao inferno. “Mas eu não acredito em deuses que nunca dançaram”. Quem é o meu inquisidor? Quem é que pode fazer da minhas confissões uma sentença, quando eu me faço livre a ponto de ficar nu?

Eu sou mais que os pensamentos vivos, e os sepultados também. Nenhuma lembrança me que me acusa, me faz sentir indigno de mim. Línguas inflamadas me perturbam é verdade. Mas eu me ouço muito bem.

Eu acredito que as pessoas possam ainda acreditar. Que não estamos todos engessados no hoje. Seria duro demais. Eu acredito, que eu possa querer ficar nu, sem sentir o medo da eminência do apedrejamento. Eu acredito que eu não precise esvair até a última gota, pra lavar a honra daqueles que vivem e procuram insultos em todos os tempos.

A história é um construtor, um substrato, e o tempo das escolhas é hoje. O cimento que sofreu cura não se adere a mais nada, mas o maciço dos escombros serve de alicerce. As grandes obras, sempre nascem dos escombros, do cimento curado.

Eu acredito nas palavras, nas palavras de quem amo. As palavras que tiram a roupa. O amor me despiu. Não é fácil ser gente, ser gente racional. É que os sentimentos, eu sei, são muitos fortes.