sábado, julho 30

As mulheres são capazes de tudo








Sexta, últimos dias de minhas férias. Tinha que aproveitar cada segundo que me restava de irresponsabilidade e liberdade total. Eu e umas amigas decidimos sair, sair para dançar e claro, paquerar. Sexta-feira á noite em São Luís o que de melhor existe é reggae.

Salão não tão cheio, sem muito calor(coisa rara). Lá depois de algums passos. Reparei que meu vestido estava pedindo para se soltar, assim como, meu corpo e minha alma, também. Disse à minhas amigas que precisava ir ao banheiro, ajeitar o vestido se não ia ficar assim, " totalmente livre", se é que me entendem...

No banheiro observei duas figuras bem peculiares. As duas estavam vestidas assim como: "Popozudas"(nada contra, cada um tem a liberdade de se vestir como bem quiser), "Gostosonas", com suas calças bem apertadas, os seios a saltarem das blusas, cabelos soltos com muito creme, para aguentar o calor que faz num salão de reggae. As mulheres falavam de seus amantes. Uma dizia que a esposa do cara havia ligado para ela, esculhanbando dizendo o que devia e o que não devia. Ai ela disse para o cara: -"Olha diz pra tua mulher me respeitar que não sou vagabunda". Que hilário! Pensei comigo mesma. E eu tentando ajeitar meu vestido e demorando o máximo para apreciar as falas delas. A outra mulher disse assim:-" Ah colega, comigo é diferente o meu amante tem que me respeitar , se não ligo pra mulher dele e digo tudo , tudo que ele faz e deixar de fazer" . E eu, ali parada tentando pegar um minúsculo pedaço do espelho na tentativa de ajeitar meu vestido e achando graça daquela conversa. Mas, o inusitado , o inesperado e o fantástico ainda estavam por vir.

Senti um cheiro bem familiar, aliás toda mulher vaidosa ou até a menos vaidosa é capaz de indentificar aquele odor. Sim era cheiro de esmalte! Meus olhos custaram a acreditar naquela imagem. Um das mulheres ,enquanto conversava sobre as suas aventuras amorosas , pintava as unhas com tamanha maestria. Possuia tudo ali: base, algodão, acetona e o "pauzinho " para tirar o excesso do esmalte. Confesso, nunca em meus recente 30 anos presenciei aquilo em um banheiro feminino e tirei a conclusão: nós mulheres somos capazes de tudo na urgência de nos fazermos belas.