domingo, dezembro 2

SERÁ QUE NUNCA PODEREMOS SUPERAR O BATMAN?




Há muito o público perdeu a capacidade prestar atenção ao teatro. A mídia é um mundo de recursos e de efeitos especiais que fazem com que as pessoas percam, aos poucos, sua capacidade de imaginar, de pensar e mesmo de dialogar. Tudo ali é dado pronto e feito. A informação chega sem qualquer esforço cognitivo e físico do espectador...Conseguir tocar este público que não se esforça é uma tarefa dificílima. A sensibilidade se tornou algo atrofiado, em alguns casos, adquiriu a mesma função do cóccix: ele está lá; um dia foi alguma coisa, hoje não serve para nada...

           É preciso despertar neste espectador a antiga força de se entregar à trama, de poder sentir a motivação de um herói sem que desembolsemos 250 milhões para lhe fazer um Batman...

O teatro, no meio desse jogo, tem uma função fundamental: o resgate da sensibilidade e da cognição. É uma arte pobre em comparação às demais. É um ofício sujo, às vezes, pois requer adaptações a logradouros improváveis, inapropriados e sem equipamentos. Tudo está resumido naquele espaço cru - por isso vivo - que chamamos de cena! Ali os mecanismos são expostos, por mais realista que seja a proposta. No palco, a construção da obra faz parte do jogo, sobretudo quando cabe ao ator iluminar cada objeto, cada palavra, quando a atuação é intensa e vigorosa, feita com músculo, suor e energia...

 Um orçamento bem menor pode ter mais profundidade do que montanhas de dinheiro, passando a mensagem viva, uma vez que a história contada no palco depende do espectador para ganhar sentido. “Que merda! Vou ao teatro e ainda tenho que trabalhar para fazer o negócio acontecer”. Está certíssimo, meu querido: é quando nos esforçamos para obter as coisas que valorizamos o que antes nos era dado de “mão beijada”.

Essa era a proposta romântica da arte contemporânea que visa sempre descontruir. Mas tal descontração não pode desvirtuar-se. Se o público é esquecido, em vez de despertar seus sentidos, ela os torna inalcançáveis, pondo-os numa esfera que foge à compreensão de qualquer simples e reles mortal. O resultado disso: o Batman ganha mais uma vez. 

Site Oficial de Igor Caffé: http://igorcaffe.blogspot.com/

Mauricio de Sousa em Graphic Novel





No último dia 19 de Novembro foi lançada pelo selo Graphic MSP, a revista Astronauta (Magnetar) primeira revista da série que homenageará o quadrinista brasileiro Mauricio de Sousa no formato Graphic Novel. Com roteiro e arte de Danilo Beyruth e colorida por Cris Peter a revista foi lançada na Fest Comix em São Paulo. O projeto terá ainda Turma da Mônica (pelos irmãos Cafaggi), Piteco (Shiko) e Chico Bento (Gustavo Duarte), a ideia do projeto surgiu depois que 50 ilustradores reinventaram histórias da turma de Mauricio de Sousa no livro “MSP 50 – Mauricio de Sousa por 50 Artistas” e “MSP Novos 50 – Mauricio de Sousa por 50 Novos Artistas”. Como comemoração dos 50 anos de carreira de Mauricio de Sousa em 2009, os próximos lançamentos estão previstos para 2013.

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