sexta-feira, outubro 12

Dias das Crianças: uma Reflexão


william guri

Neste momento estou relembrando a minha infância, ouvindo canções do Balão Mágico e Trem da Alegria, bandas infantis que fizeram sucesso na década de 1980, década que eu vivi, sendo que eu nasci em 1981.

Graças a Deus eu nunca passei fome, mas tive uma infância pobre, época que para ter um brinquedo era sonho distante pra muitas crianças, mas foi uma fase memorável, pois a crianças do meu tempo tinham "criatividade" porque faziam brinquedos em latas, garrafas plásticas e resto de madeira.

Daí se fazia carrinhos, patinetes e muitos outros brinquedos de acordo com a imaginação da criança, mesmo diante da pobreza e viver numa rua em que não havia tratamento de esgoto que corria a céu aberto.

Essa foi a minha infância no Monte Castelo na rua Raimundo Correia, que muitas crianças da minha geração hoje infelizmente estão na marginalidade, entregue ao mundo dos crimes, muitos tiveram suas vidas perdidas por morte natural ou mesmo pela violência que assola as cidades, que também é fruto da imensa desigualdade social.

São poucas crianças da minha geração ingressaram nas universidades, os que não ingressaram estão na luta como trabalhadores no seu dia a dia pra manter melhores condições de vida as suas famílias.

Esse 12 de outubro que é o dia das crianças, não sirva apenas de abraços, carinhos, presentes e recreações, mas também de reflexão, porque numa sociedade em que vivemos onde impera a desigualdade, exclusão, marginalidade, pobreza e a miséria, as crianças são as grandes vítimas.

Todos os dias em todo o mundo, especialmente nos países pobres (incluindo o Brasil e estado do Maranhão), dezenas, centenas e/ou milhares de crianças morrem de fome, tô falando da fome, sem contar as doenças, e maioria morrem antes de completar 1 ano de vida.

As crianças são futuro da nossa humanidade, e são nelas que devemos acreditar num futuro melhor, mais justo e igualitário, em que todos tenham igualdade e inclusão. Por isso devemos zelá-las, independente que seja ou não nossos filhos.
Como dizia o grande intelectual e revolucionário Ernesto Che Guevara:

“Se você acredita na mudança, aposte nos novos e não nos velhos”

"A argila principal de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos para receber idéias para moldar o futuro."

Portanto, são as crianças é que devemos depositar todas as nossas esperanças, pois elas são os adultos e os velhos de amanhã,fará num mundo em que todos nós sonhamos: sem pobrezas,  sem misérias, sem injustiças, sem discriminações, sem preconceitos, sem exclusões e sem desigualdades.