quarta-feira, setembro 21

GELÉIA DE PILHAS

Gelo com cheiro de doce.

Beleza perdida,

Máquina digital com gripe,

Fogo na Savana,

A velha mulher catando carangueijos no meio  do fim dos dias.

Que calor na Sibéria do teu coração seco!



Pente de madeira,

Para teus cabelos com odor de fruta podre.

Cimento “Poty” para casas de pau,

Iogurte de morango “Paulista”

Que gosto tem tua boca?



A TV29 polegadas com AIDS

A modelo de pernas de vidro morreu!

“Neston” com banana no teu peito nu para eu comer.

Camisinha sabor menta para o nosso desespero

Talco “Barla” para a coceira no pescoço

Caneta “Bic” para a dor dos poetas

Camisa de flanela para os “grunges”

Minha mão para teus seios de princesa impura.



Sódica caustica para teus versos

Nimbos em meu cérebro de louca

Video cassete aposentadoria no INSS

Torta de camarão  com bateria de lítio

Vinho “Piagentini” para minha ânsia

De está no meio da tua língua tão ácida.

Exame de fezes para teu ser superficial.



Céu de Cris para os meninos no Sertão

Bicicleta “Caloi” para os pés rachados dos pedreiros

Cigarro de maconha para ver Deus sambar.

Teu “blue eyes” atiçam meu desejo de penetrar tua vida

Geléia de pilhas no mar do Calhau

O mundo rotação de Vênus na tua falocracia



Meu bem! Meu bem!

Aparelho de surdez para teu coração mudo

Meu bem! Meu bem!

Sinfonia de vassouras para o enterro dos teus olhos tão banzeiros.