quinta-feira, dezembro 24

Pílula da USP


O medicamento chamado cientificamente de fosfoetanolmina, criado por um químico e professor aposentado da instituição, Prof.° Dr.° Gilberto Orivaldo Chierice, que trabalhou durante anos no Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP) na cidade de São Carlos no interior do estado de São Paulo.

Está causando maior polemica em todo o país, especialmente no estado de São Paulo, em virtude da divulgação nas redes sociais para o uso desse medicamento que promete a cura do câncer, e causando a correria das pessoas a justiça em busca do direito em obter o acesso as capsulas e o seu uso.

O problema é que o medicamento não tem reconhecimento dos órgãos de fiscalização como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANVISA), o próprio Ministério da Saúde e outras agências reguladoras.
Em contrapartida, as pessoas portadoras do câncer que tiveram o acesso ao medicamento, afirmam que tiveram melhoras no seu estado clinico com o uso das pílulas, regredindo consequentemente o avanço da doença, e se há relato destas pessoas, porque o medicamento ainda não foi reconhecido pelos órgãos fiscalizadores e reguladores e nem foi feito ainda os testes em humanos para comprovar a eficácia?

Os motivos os quais foram citados está além da burocracia estatal, a indústria farmacêutica fatura milhões, bilhões e/ou trilhões por ano em vendas de remédios, controlam a fabricação de medicamentos e exercem a fortíssima influência sobre os governos, principalmente nos países pobres e em desenvolvimento onde as epidemias de doenças são comuns, especialmente na África.

O pesquisador e professor Dr. Gilberto Chierice pesquisa há mais de vinte anos o medicamento criado por ele e a sua equipe na USP, e já vinha sendo usado há anos por alguns portadores do câncer, porque as agências reguladoras e os governos não deram apoio ao experimento?

Se não fosse as redes sociais para propagar a existência desse medicamento, a sociedade brasileira de modo geral continuaria desconhecendo a existência da pílula e o professor/pesquisador continuaria no anonimato sem ter o reconhecimento da sua pesquisa para a cura do câncer.

Brasil tem bons pesquisadores e consequentemente pesquisas sendo desenvolvidas em fundo de quintal da casa a laboratórios de grandes universidades do país, infelizmente os governos, especialmente o governo federal não dá o devido incentivo aos pesquisadores e seus experimentos, o que acaba desestimulando.
Estados Unidos é o grande financiador de pesquisas, seja pelo governo, universidades e/ou pelas indústrias, entre elas, a farmacêutica, que eu já disse anteriormente, fatura milhões, bilhões ou trilhões anualmente, e devido o descaso do governo brasileiro, muitas pesquisas são patenteadas por outros países.
O que acaba levando muitos cientistas, pesquisadores e estudiosos brasileiros a trabalharem para as indústrias de diversos ramos, universidades ou até mesmo para o próprio governo dos Estados Unidos e outros países ricos para desenvolver diversas pesquisas, e são financiados para fazer os estudos e experimentos, mas em contrapartida, devem fidelidade ao país e a empresa que presta o serviço, e não pode associar as eventuais descobertas e invenções ao país de origem.
Santos Dumont é o grande exemplo, brasileiro pai da aviação, o famoso avião “14 Bis” em que conseguiu voar na décima quarta tentativa (essa é a razão do nome batizado a aeronave), foi realizado em Paris com incentivo de empresários franceses sem ajuda do governo brasileiro, exceto da Princesa Isabel que estava exilada na França após o fim da monarquia, deu apoio as suas invenções.
O inventor do avião que nós voamos diariamente, algo que há 100 anos atrás a humanidade achava ser impossível, é brasileiro, mas quem o apoiou que seria uma loucura para uns foram os franceses, e eles é que se vangloriam de ter criado a invenção.
Porque se fosse aqui no Brasil, dificilmente o Santos Dumont conseguiria realizar o sonho de voar, que era o sonho de todos os homens inventores de tempos em tempos, como o Leonardo da Vinci, porque o governo brasileiro e os empresários não acreditariam na invenção e o taxariam de louco.
Passados pouco mais de um século, outros inventores e loucos por aí continuam penando em busca de apoio e patrocínio, seja do governo ou da iniciativa privada, em virtude disso, muitos inventores, estudiosos, pesquisadores e “loucos” acabam aceitando ir para os Estados Unidos ou outros países ricos trabalhar para as grandes indústrias e universidades.
Voltando ao foco da discussão, o pesquisador da USP está na mesma situação, a diferença é que ele trabalhou e ainda trabalha para uma grande e renomada universidade, a Universidade de São Paulo, mesmo como aposentado, e continua desenvolvendo a sua pesquisa e tentar levar para os órgãos de fiscalização para que de fato o medicamento futuramente seja vendido em farmácias em todo o país.
A forte influência da indústria farmacêutica é um dos impedimentos para que o medicamento chegue a sociedade e ela tenha o acesso a pílula, o faturamento se dá à custa do sofrimento de várias pessoas principalmente as que não tem acesso.
O sofrimento é o grande lucro para as essas industrias, quanto maior as epidemias, doenças que alongam o sofrimento e impossibilita a cura, maior o lucro, vários presidentes, entre eles o próprio Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, tentou reformular o sistema de saúde, e em vão, porque o congresso do país tanto os deputados e senadores que representam interesses dessas industrias não permitiram.
A crise econômica no final dos anos 2000 e início dos anos 2010 levou muitos cidadãos do pais a depender do sistema público de saúde devido o desemprego, e os medicamentos cedidos pelo governo são fortemente restrito, aumentando ainda mais a enfermidade daqueles que não podem pagar o plano de saúde e remédios caríssimos.

A indústria farmacêutica passou ser vista como inimigo número 1 da sociedade mundial, principalmente dos enfermos e defensores dos direitos humanos que vê a influência sobre os países mais pobres como algo negativo, especialmente a África.

A mídia é fortemente atrelada aos interesses das grandes industrias, a prova disso é a matéria do programa “Fantástico” da TV Globo apresentado por Dráuzio Varela que explanou o assunto, médico de carreira, o mesmo de forma tendenciosa desqualificou medicamento ao alegar que não foi testado e nem regulamentado por órgãos como a ANVISA.

Entretanto, pesquisador e professor Dr. Gilberto Chierice não foi entrevistado e muito menos as pessoas portadoras do câncer que receberam o medicamento e tiveram melhoras para dar o seu depoimento, e nem levou em questão que a pesquisa é desenvolvida pelo professor há mais de vinte anos e algumas pessoas já usavam desde o início da pesquisa e que conseguiram a cura ou retardar o efeito devastador da doença.
O governo federal durante a gestão do Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 / 1999-2002), especialmente no segundo mandato, através do Ministério da Saúde criou uma política de combate a AIDS para os portadores do vírus HIV, que foi a distribuição dos coquetéis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita, pois o medicamento é caríssimo nas farmácias, e o uso contribui para o retardamento do avanço da doença.

Permitindo aos portadores do vírus da AIDS viverem com a melhor qualidade de vida e sem apresentar os sintomas, contribuindo para o ganho do peso, hoje Brasil tem as melhores políticas de combate a AIDS do mundo, e o acesso aos coquetéis para o tratamento é gratuito especialmente para os mais pobres.

E teve o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) na política de combate ao vírus do HIV, mas teve um país que foi contra a política implantado pelo governo brasileiro, os Estados Unidos, e por trás está a poderosa indústria farmacêutica.
Que mais uma vez afirmo, lucram milhões, bilhões e trilhões anualmente à custa do sofrimento alheio, o governo brasileiro quebrou a patente da indústria farmacêutica na fabricação, distribuição e comercialização exclusiva, contrariando os interesses do mercado, o que não agradou os Estados Unidos e os fabricantes claro.

Eu saliento, eu acredito que a cura da AIDS já tenha sido descoberta, assim como a cura do câncer, diabetes e outras doenças que ainda não há cura, porque primeiro eu acredito no poder da ciência, especialmente de descobrir a cura de diversas doenças, porque há anos desde o surgimento no final da década de 1970, os estudiosos vêm tentando descobrir a cura do vírus HIV, você acha que a cura não possa ter sido descoberta?

A indústria farmacêutica é a principal investidora em estudos e pesquisas para a cura das doenças, gastam fortunas para a descoberta ou formas de retardar o avanço delas, e em contrapartida, exigem a patente dos medicamentos que garantem a saúde, qualidade de vida e bem-estar, para compensar o investimento de acordo com a conveniência.

Vendem fortunas nos medicamentos, impossibilitando a todos terem o acesso que deveria ser gratuito, os países pobres e endêmicos como na África são os que mais sofrem com a falta de remédios que não é garantido a todos e nem de forma gratuita, não sendo à toa a taxa de mortalidade no continente ser altíssima na maioria dos países.

Aí eu faço novamente a pergunta, porque a ANVISA e outros órgãos reguladores não permitiu ou não se interessou em realizar os testes na pílula fosfoetanolmina nesses mais de vinte anos pelo pesquisador e professor Dr. Gilberto Chierice? Os órgãos responsáveis não tinham conhecimento? A pílula sempre foi distribuída de forma gratuita a alguns pacientes portadores do câncer e era realizado sob a responsabilidade da USP, o qual professor e pesquisador faz parte como servidor de carreira, ou seja, concursado.

O desenvolvimento da pílula não foi realizado nesses longos anos no fundo de quintal em sua casa, e sim no laboratório da universidade considerada a melhor da América Latina, das melhores do Mundo e referência no Brasil até para os estrangeiros quando vem para cá estudar.


Com toda a repercussão dada pelas redes sociais que tirou o pesquisador no anonimato, já está mais que na hora o governo federal através dos seus órgãos competentes realizar os testes para comprovar a eficácia da pílula, antes das fabricantes estrangeiras, especialmente dos Estados Unidos, resolverem patrocinar a pesquisa e exigir a patente, impossibilitando de uma vez por todas os portadores do câncer terem o acesso ao medicamente de forma gratuita, viver dignamente com qualidade e ter a cura definitiva da doença.