quarta-feira, novembro 30

Beira-mar.

O Café Literário no Odylo.

Vou logo avisando; Um comentário bem  insosso.
Que me lembre nesses vinte e tantos anos é a primeira vez que fui a um CL. Ao meu lado, o poeta Zé Maria Medeiros, e do outro, com certeza, um poeta também, ou talvez um desavisado que chegou ali.
Ninguém da nossa mesa sabia quem eram os palestrantes – mas depois de muitos minutos deciframos os nomes – Ewerton e Ronaldo – ambos poetas e escritores premiados pelos editais de cultura da cidade.
As perguntas dos ouvintes; O gênero romance vai acabar com toda essa tecnologia? Como é seu processo criativo? Você escrevia prosa e agora poesias, por quê?
(Com a fome de Zé Maria e o velho ao nosso lado comemos bastantes salgadinhos com refrigerantes e sucos regionais, que no fim são de nossos impostos, que nos desviava um pouco da atenção das falas).
Mas, amigos, descobri pela pergunta de uma ouvinte que o Maranhão havia recebido o título de Atenas Brasileira, pois aqui havia um tempo grandes poetas e segundo ela, agora, tínhamos mais prosadores, em vez de poetas.
O que fez Ewerton responder que não sabia se isso era verdade, e citou alguns poetas de renome nacional que morava aqui: Nauro Machado, Luís Augusto Cassas, e outro que não lembro o nome e talvez mais outros.
Lembro que Everton disse que Chico Buarque não era romancista, porque ia se isolar em Paris para escrever e também o Jô Soares porque fazia pesquisas bibliográficas para escrever seus livros . E que o verdadeiro romancista estava nas ruas, cantando sua aldeia, sabendo sei lá se vai ser descoberto, lido, reconhecido, pois escrevia por uma necessidade.
Lembro que Ronaldo disse que para escrever necessitava sair de seu objeto para ver melhor seus personagens, o contexto, etecetera o que vai de encontro às palavras de Everton sobre o verdadeiro romancista.
Contradições à parte. O Igor chegou, e na mesa já tinha sentado outro escritor (não lembro o nome) e pela 1º vez alguém me falou que tinha sido um ghost write pra ganhar grana (espécie de prostituição literária). Bacana. E também que já viveu só das letras (coisa rara).
Comprei o livro do Ewerton, por curiosidade e pra valorizar o que de certa forma é nosso.
Ah... Uma coisa, talvez, meio babaca pra alguns, mas pra mim de grande relevância. O Luís Augusto Cassas estava lá. Vontade de falar com ele. De dizer que o seu livro foi o primeiro que tinha lido ainda criança, e depois quase todos os outros. Mas preferi ficar na minha.
Eu avisei  que o comentário era insosso