sexta-feira, dezembro 28

Wood e Stock - Trilha Sonora




Para esse último sábado do ano de 2012, escolhi a trilha sonora para o filme (Wood e Stock, Sexo Orégano e Rock ‘n’ Roll) baseado nas tiras do magistral cartunista Angeli. O filme que conta a viagem de uma galera da pesada são eles, Wood e Stock, Bordosa, Lady Jane,  Rampal, Nanico e Meiaoito. Para embalar a trilha do filme com essa galera que pensa que ainda estão nos inicio dos anos 70, temos Rita Lee (que faz a voz de Rê Bordosa), Jupiter Maça, Tom Zé, Mopho, Novos Baianos, Mateus Walter. Nem preciso dizer que as canções estão naquele ritmo “bicho-grilo” total, o filme empacou um pouco para sair por alguns motivos, dentre eles o fato do (Mutante) Sergio Dias pedir uma quantia vultuosa para que as canções do grupo fizessem parte da trilha. Sem chegar a um acordo Rita Lee e Arnaldo Baptista algumas canções deles para a trilha. Feito isso trilha pronta, agora que sabemos que o mundo não acabou aumenta ai e aperta play e vamo embora.. 

                                                             Trailler do filme.


Trilha do Filme
                                 


Cássia Eller - Música Inédita



Recentemente saiu a noticia na imprensa sobre uma música inédita da cantora Cássia Eller, morta em 2001. A música foi gravada pela cantora no inicio da carreira ainda quando a mesma tocava nos bares de Brasília, a composição Flor do Sol é uma parceria dela com sua amiga Simone Saback, a época com 19 anos a voz se mostra longe da pegada soul/rock da fase do sucesso. Seu filho que hoje possui a mesma idade que Cássia na época da gravação, foi o responsável por disponibilizar a música. O registro inédito está à venda no iTunes, abaixo reportagem do fantástico com trechos do clipe feito para a música.





Talvez



A tarde que se espalha de forma horizontal
Cheia de claridade e poeira branca
Herdada do sol da manhã uma cama de nuvens
Depois do almoço nuvens que sobem devagar
Da Cohab indo devagar rumo ao Cohatrac

É quando eu acordo de fato
Logo depois do almoço a digestão se faz literária
E todos os fatos e as ideias bailando frente aos óculos
Poucos deles sabem da verdade e do tédio

São milhares de pessoas subindo e descendo
 Cohab ao Cohatrac do Cohatrac a Cohab
Mas elas nem sabem que ali
Ainda lento e desajeitado
Nessa tarde cheirando ao metal dos vagões
Diego Pires assiste mais um daqueles filmes de arte
Algum daqueles Franceses, algum Goddard, Trauffaut.

Mas os carros continuam a contornar a Integração
Onde elas embarcam e desembarcam
Embarcam e desembarcam...
Com sacolas, bolsas, dores de cabeças e fome.
E vontade de dançar, cantar, viajar e gozar.

Porém elas não sabem que Cristiane Lima
Já esta na sala de aula tentando a todo custo
Falar das escolas literárias a alguns moleques
Moleques que sonham com o fim da aula
Para no final da tarde tomar banho na praia

Mas Cristiane inicia as orações subordinadas
Subordinado estava eu a Miles Davis, Kind of Blue.
O Acid Jazz do seu trompete dialogava
                        Com a acidez do meu estômago
Água e vida virtual
Na tela do computador talvez eles entendam
O que não lhes interessa entender.

quinta-feira, dezembro 27

Cazuza em nova turnê 2013





Cazuza de volta, como? Isso mesmo galera em Abril de 2013 o artista estará de volta em uma turnê especialíssima, comemorando seu aniversário de 55 anos. Bom é o seguinte George Israel (Kid Abelha e ex-parceiro de Cazuza) e Omar Marzagão estão organizando uma turnê que contará com um holograma do cantor. Os shows da turnê serão feitos aos moldes do recente show do rapper norte-americano Snoop Dog com a participação do já falecido Tupac Shakur. Segundo os organizadores a produção custará três milhões de reais, o shows terão duração de 90 minutos com um set-list de 23 músicas, a direção do show ficará a cargo de Ney Matogrosso e a banda será de parceiros de Cazuza dentre eles Frejat, Arnaldo Brandão, Guto Goffi, Rogerio Meanda, George Israel e outros. Os shows acontecerão no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.


                                                    Tupac Shakur em (holograma) 

quarta-feira, dezembro 26

Legião Urbana - Bastidores do Mito



Excelente reportagem com imagens inéditas sobre os bastidores da Legião Urbana, talvez a maior banda rock desse país. As gravações datam de 1987 a 1996 pouco antes da morte de Renato Russo, junto de Cazuza os dois poetas maiores da geração 80 no Brasil. Excelente para fãs que desejam saber de onde vinha a inspiração para as grandes letras, em uma dessas historias sua única irmã conta a história da canção “29” do álbum O descobrimento do Brasil, que se referia a 29 dias que Renato havia passado numa clinica de reabilitação para dependentes químicos.




Jack Kerouac - Mentor do Beat



Jack Kerouac foi um os mentores da geração Beatnick, grupo de escritores que logo depois da segunda guerra mundial desbravou os quatro cantos da América, em busca de inspiração para seus trabalhos literários, regados a sexo, drogas e bepop. A bíblia do movimento escrito por Kerouac durante três semanas chama ON THE ROAD, onde ele descreve as experiências na estrada com Neil Cassady amigo de estrada que no livro ficou com o nome de (Dean Moriarty) e outros escritores como Allen Ginsberg, segundo Kerouac o Neil Cassady era a personificação da geração Beat. A influencia desse livro e de todo o movimento pras gerações futuras é avassaladora, na literatura, cinema, moda e música. Um exemplo tácito é que o próprio nome dos Beatles usa as iniciais do movimento Beat. O vídeo abaixo mostra um documentário feito em 1986 sobre a história de Jack Kerouac, imperdível.  


                            

* clique no icone das legendas no video para ativar no idioma português.

terça-feira, dezembro 25

Tropicália - documentário 2012






Tropicália, você sempre ouviu esse nome por ai? Um bando de gente colorida com cabelos desgrenhados, cantando canções citando símbolos do consumo em massa juntamente com bananas, Carmen Miranda e outros ícones da cultura nacional, mas nunca entendeu ao certo o que foi e representou esse movimento que se deu em meio à barra pesada de uma ditadura politica no Brasil? Pois bem amigo chegou a hora, saiu este ano o documentário (Tropicália) de Marcelo Machado com depoimentos de mentores da coisa toda como Rogerio Duarte (Artista Gráfico), Caetano, Gilberto Gil, Tom Zé, Mutantes, Rogerio Duprat e outros, o documentário ainda expõe a todos que não viveram aqueles tempos toda a profusão artística e revolucionária desse movimento que levou Caetano e Gil ao exilio em Londres. Um dos pontos altos é a participação dos dois baianos no lendário festival da (Ilha de Wight) na Inglaterra em 1970.





segunda-feira, dezembro 24

Eduardo Patricio


                                                
Entrevista concedida por email a Natan Castro.


Eduardo Patricio é um músico maranhense, de suma importância para a cena alternativa de São Luís, desde cedo mostrou interesse pela música, participou de algumas das melhores bandas surgidas no cenário alternativo da Ilha nos anos 90. Dentre as principais Sarcoma (Hard/Trash), Samsara (Blues/Rock) e a mítica Catarina Mina (Pop/Rock). Atualmente estudando música em Belfast (Irlanda do Norte), o artista hoje está com um trabalho voltado para a música eletroacústica. Na entrevista abaixo o artista fala de influências do inicio, cena alternativa maranhense, fim da Catarina Mina e Joacy James.


Todo mundo que participou ou acompanha o cenário musical de São Luis dos anos noventa pra cá, sabe da importância de bandas como Sarcoma, Samsara, Catarina Mina para o surgimento daquilo que ainda nem podemos chamar de cena alternativa na Ilha, pelo motivo dessa mesma cena ainda não se sustentar. Em sua opinião qual a importância dessas bandas na atualidade, sendo que em todas você participou como integrante seja tocando batera ou fazendo os vocais?

Pra ser sincero, nunca vi a coisa por esse ângulo, dessas bandas terem sido decisivas na criação de uma cena alternativa. Fico feliz que elas sejam lembradas dessa forma. Sendo assim, e também pelo fato de não estar morando na ilha desde 2005, tenho certa dificuldade em dizer qual seria a importância delas hoje. O fato é, nas 3 bandas estávamos sempre tentando fazer um som bacana e tocar bastante. Se isso causou um impacto mais duradouro e/ou serve de estímulo pra bandas ainda hoje, fico muito feliz.    

Muitas foram as bandas que você criou e participou, esse interesse por música veio desde cedo ou não? No inicio quais foram as principais influencias?

A partir dos 4 anos, junto com meu irmão mais velho, comecei a fuçar a coleção de LPs do meu pai. Passava horas ouvindo, tentando cantar junto, folheando encartes etc. Meu pai não tinha nada de rock e pouquíssimo de qualquer música internacional. Eu curtia discos do Agepê, Roberto Carlos, Chico Buarque e todos aqueles infantis da década de 70/80 (Pirlimpimpim, Balão mágico, Arca de noé etc.)
   
A ideia de ir estudar música em Curitiba e logo em seguida na Europa foi natural ou existiu em algum momento a informação que você poderia continuar uma carreira musical aqui?

Eu queria ir pra algum lugar. Estava terminando o curso de Psicologia na UFMA, mas não queria trabalhar na área. Fui pra Curitiba pra fazer uns cursos de áudio e tecnologia e, depois de uns meses, acabei me metendo no vestibular de música da UFPR. Daí em diante uma coisa foi levando à outra. Não tinha um plano (acho que ainda não tenho). Tentei aproveitar as oportunidades que foram me aparecendo. Tenho que voltar pro Brasil em 2014 e  espero continuar trabalhando com música.

Quem acompanha sua trajetória sabe que você já teve bandas de estilos variados, como punk, rock, blues, trash metal e o próprio pop/rock o interesse por musica eletrônica veio depois desses outros estilos ou já existia a principio?

Sempre gostei de algumas coisas e/ou sonoridades eletrônicas. Kraftwerk, por exemplo. Clássico! Mas comecei a ouvir mais e tentar conhecer a história da música eletrônica só por volta de 2002. Foi quando comecei a considerar o potencial dos recursos eletrônicos pra experimentação sonora. 

No seu ponto de vista por estar a certo tempo fora dos limites do Maranhão, como você vê o interesse pela musica produzida aqui pelas pessoas que consomem música no sul do Brasil e agora na Europa?
Pergunta difícil. Não sei bem. Em Curitiba as pessoas pareciam não saber bem o que havia no Maranhão, apesar do esparso e intenso interesse em Tambor de crioula que há na capital paranaense. No fim das contas, é isso, alguns grupos específicos de pessoas interessadas em música regional têm interesse e apreço por tambor, cacuriá etc. Aqui a coisa complica. O Brasil é muito grande e ainda é um bicho desconhecido pra maioria dos europeus. É difícil saber do Maranhão especificamente. No entanto, a música brasileira, em geral, soa sempre de maneira distinta por aqui e imagino que sons do Maranhão poderiam ser recebidos de forma calorosa por muita gente.

Hoje em São Luis existe uma informação meio mítica sobre a Catarina Mina, as novas bandas sempre falam da Catarina Mina como influência certa. É para muitos o primeiro esboço de inteligência na cena alternativa maranhense, sabemos que a banda terminou no meio das gravações do segundo registro, quais foram os motivos? E qual seu relacionamento hoje em dia com os outros integrantes?

De novo, fico feliz em saber que meu trabalho ainda ressoa de alguma forma. É verdade, estávamos gravando um segundo disco (12 faixas se não me engano). A banda terminou aos poucos, por uma série de motivos, sem a gente perceber. Simplificando a coisa: era cada vez mais difícil fazer shows na ilha, principalmente depois da explosão do "forró de fortaleza" etc. Tínhamos um investimento de trabalho, tempo e recursos muito grande, não dava pra se sustentar sem shows. Desse modo, cada um foi se voltando a outras atividades e começando a traçar outros planos que, de uma forma ou de outra, inviabilizavam a continuidade da banda (Djalma planejando se mudar pro Rio de Janeiro e eu pra Curitiba são os exemplos mais claros). Foi um fim de banda diferente pra mim. Sem brincadeira, um dia estávamos juntos, fazendo um lanche e falando sobre a banda, olhamos uns pros outros e dissemos: "acho que a banda acabou, né?". 
Falo com um certa frequência e encontro os caras sempre que posso. Sinto muita falta deles. 


Estamos nessa semana completando seis anos sem a presença de Joacy James na militância cultural de São Luis. Em sua opinião o que representa esse cara e outros como Gilberto Mineiro (Time Rock) e Fred Machado (Backbeat) para a cena alternativa do Maranhão?

Eu diria que Joacy, assim como outros, é/foi uma figura fundamental. Perdemos um grande cara! Sem me delongar muito, acho que precisamos de mais pessoas assim, inteligentes e curiosas, que topem questionar, fazer e chacoalhar um pouco a nossa querida ilha (que sofre de uma tendência crônica ao conformismo). 



Blog pessoal de Eduardo Patricio

                                                  Clipe Haicai Catarina Mina


Eduardo no festival FILE HIPERSÔNICA 2011
                                 

LEGO, A fantástica Fabrica de Brinquedos


Fui criança nos anos oitenta e os brinquedos da LEGO sempre foram uma fascinação particular. Lembro até hoje que em poucas oportunidades ganhei algumas caixas de brinquedo da LEGO, eram sempre as pequenas, por conta do tamanho eram mais barata. Consigo lembrar até hoje de uma ambulância que montei com peças da LEGO, o vídeo abaixo conta a história dessa empresa de brinquedos que começou como uma empresa familiar nos anos 30 e somente nos anos 60 chegou ao sucesso entre as crianças, atualmente a LEGO é maior empresa do mundo voltada para brinquedos infantis, com mais de 10.000,00 funcionários. O nome veio da junção de duas palavras dinamarquesas: “Leg Godt” que significa “brincar bem”, em comemoração ao natal estou disponibilizando abaixo uma animação contando a história dessa fantástica fábrica de brinquedos.




domingo, dezembro 23

Tammys e o Fim do Mundo


Por Izabel Cannuto do Domicilio Literário




Numa sexta-feira quente do dia 21 de Dezembro - que aliás, foi o Fim do Mundo e meu aniversário - aconteceu na Tabacaria e Cafeteria Lebara, o show Tammys e o Fim do Mundo, com músicas selecionadas e algumas de sua autoria para passar o tão esperado e épico fim do nosso amado planeta.

Foi um repertorio rico, que fez o pessoal cantar junto. Entre The Cure, The Smiths, Raul Seixas, Mumford & Sons, The Beatles, Leonard Cohen, Babyshambles e Vanguart. Posso dizer - na minha mais humilde experiência - que o Tammys é um compositor e cantor em potencial. A sua voz arrastada e um jeito pouco tímido e sincero, o moço me fez ficar radiante ao ouvir The Smiths - Please, Please, Please, Don't Let Me Get What I Want de um jeito só seu e que me fez ficar arrepiada ao ouvir uma de suas composições que ele ousou - e ousou bem - ao cantar. A produção ficou por conta do Ponto-Continuando, que é uma galera muito boa por sinal. Durante o show, rolou duas homenagens, uma para Kiki, namorada do Tammys, com uma canção sua - calma meninas, não se desesperem - e para mim, com uma canção de uma das minhas bandas favoritas, Mumford & Sons. Por fim, teve Fernando Atallaia com suas letras leves e gostosas de se ouvir e ao final de tudo, demos um show particular, cantando Chico, Maria Bethânia e até Paulinho Paixão - cantor brega, do Maranhão - e que até a dona do Lebara entrou junto e cantou com a gente.

Tammys é um artista que vale a pena ouvir.



Todos os vídeos do show estão aqui no canal do . continuando.

Easy Rider (Sem Destino) - Soundtrack


                                                            Paz e Amor


O filme Easy Rider (Sem Destino) foi lançado em 1969 com Peter Fonda, Dennis Hopper e um ator estreante Jack Nicholson. O filme conta a saga de dois hippies que saem de Los Angeles com o intuito de atravessar o país, com o espirito On the Road total o enredo se desenrola em meio à estrada, de fato um polaroide de uma época, os mágicos anos sessenta. A trilha não poderia ser melhor regada a muito rock “n” roll. O ponto alto é a música Born To be Wild da banda canadense Steppenwolf logo em seguida escolhida como hino de uma geração que caiu na estrada e permanece com o espirito de liberdade até hoje. A trilha tem ainda Bob Dylan e Roger MCquinn, Jimi Hendrix e Eletric Prunes.




                                                      

sexta-feira, dezembro 21

Trilhas p/ FDM por Nóis


Ai galera nessa sexta-feira  vamos colocar uma lista de músicas indicadas para se ouvir no fim do mundo, pela galera que escreve ou já escreveu para o Blog, e de uma forma ou de outra está ligado ao ideal de expor seus escritos na internet. A turma é Natanael Castro, Diego Pires, Quinzinho RibeiroLidia Abade, Alice Nascimento, Tammys Loiola, Alexandre DiasKlyssia Martins, Karina Campos, Eliseu Cardoso. Não esquecendo também de Rogerio Sarmento, Cris Lima, Alberto Junior, Mari Rodrigues, Jaime J JuniorIgor Caffé que estiveram junto nos primeiros quase dois anos de vida na blogosfera. Mais tarde no Lebara (Tabacaria) Tammys e o fim do mundo... valeu!!!!


                                                           Natan Castro


Diego Pires

                                      

Klyssia Martins

                                       

Quinzinho Ribeiro

                                       

Karina Campos

                                      

Elizeu Cardoso

                                      

Lidia Abade

                                        

Tammys Loiola

                                        
                                             
                                                              Alberto Junior
    
                                                                     



quinta-feira, dezembro 20

Multi - face - tado



Diego Pires entrevista por facebook o artista Rodrigo Kesselring

Todo artista tem seu modus operandi como um Serial Killer. Como é seu processo de criação?

Interessante sua comparação.  O processo de criação varia. Geralmente, quando crio livremente algo, começo sem nada na cabeça e vou deixando a coisa fluir e tomar seu próprio rumo. E não procuro interpretar o que foi criado. Mas também acontece de, por exemplo, estar andando na rua, ou fazendo coisas cotidianas, e ter uma idéia que ache legal trabalhar em cima. Então anoto e quando tenho um tempo livre passo para o papel.
Às vezes também gosto de lembrar algumas coisas que aconteceram ou acontecem e tentar expressar isso através de desenhos, formas. O que inclui a imaginação de coisas também.
Mas falando literalmente sobre o processo, é aquele lance de sentar, pegar o material e desenhar. Sem muito mistério. O contexto da vida e da morte é a principal fonte de inspiração nisso (por enquanto).

Alguns de seus desenhos não têm “um centro” e sim uma “periferia”. É como se fosse um mapa de pensamentos soltos impressos num papel. Consegue explicar esse estilo?


É essa a idéia.

Hoje em dia ao mesmo tempo em que cresce a noção do ser individual e suas possibilidades também cresce as comparações e zonas de acesso. Procuro nesses desenhos em que se pode dizer que o centro está ausente, ter e passar através do mesmo a visão do todo, mesmo que não seja tão totalitário assim, mas que influa na cena, no sentimento gravado.

Mas se a gente parar para ver, até mesmo “os pensamentos soltos sem um centro”, vistos de longe, por si só possuem um centro (um tanto oculto) que é a própria idéia geral do lance.
Essas possibilidades de escolhas, caminhos, a dualidade, o ser e suas questões, experiências, filosofias, o contexto, o macro e micro... Essas coisas me encantam.

Em Outros Desenhos Vemos Muitos Símbolos “Místicos”. O Que Representam Eles Pra Você?


Então... O símbolo por si só é uma imagem em que nela estão inclusas percepções e portas que não cabem na linguagem da razão. Eles representam para mim muitas coisas, mas uma delas em especial é o mistério. Acredito em que mesmo num estado dormente praticamente todos os seres tem um contato com a simbologia. E ela consegue situar e resumir expressões, ou agregar e acrescentar significados na cena. É como se fosse um diálogo, ou algo gritando e dando um sinal. Algo assim.
 



E você também faz tiras e cartuns com um tom desiludido, frustrado, niilista e deformados. Esses “personagens”, sem dúvidas, têm muito de você. Como pensa o mundo?


Cara... Isso é uma onda e eu realmente poderia escrever bastante coisa sobre, mas vou ser sucinto. Penso no mundo como uma pirâmide. E como uma ilusão muito interessante.

Quanto às tiras, eu realmente gostaria de poder ter mais tempo para fazê-las. Rs.

E por fim... Deixe uma frase de efeito, uma mentira se quiser, um desenho, qualquer coisa pra nós internautas privilegiados. 

Legal. O que você não pede chorando que eu não faço sorrindo =)
Gê-zuis disse que se lhe pedirem a túnica, dê tudo mais. Vou seguir o ensinamento milenar e deixar uma “deixa” de despedida dessa entrevista, afinal, como diria Suassuna, um cavalo morto é um animal sem vida.

Antigamente, quando conheci a discórdia e o caos, vi o anúncio de uma festa misteriosa e particular cuja senha estava inclusa em um vídeo sobre FNORDS e foi pedido o sigilo da mesma. Mas agora, eu posso privilegiadamente passar esta senha. Ela é “SMILE TRUTH”. Algo para a reflexão dos universalistas de plantão e paranoides também. Possivelmente isso irá somar em algumas coisas, se for encarado corretamente.


Um abraço para a galera do Ponto! 


nos links abaixo estão o blog e o flickr do Rodrigo Kesselring:

http://rodrigokesselring.blogspot.com.br/

http://www.flickr.com/photos/rodrigokesselring/

Soundgarden - Grunge em estado puro



Um dos melhores nomes do movimento (Grunge) está de volta, Soundgarden voltou com direito a álbum novo (King Animal) muito bom por sinal, a mesma pegada com o vocal avassalador de Cris Cornell, ele mesmo que passou uma temporada com Tom Morello e outros músicos no projeto Audioslave. Veja a apresentação da banda esse ano no (Rock In Ring). O grunge ainda está por ai...





quarta-feira, dezembro 19

Ficha Cadastral






Minha casa é um poema



                          Minha cidade é um conto
Meu pais um romance




Meu mundo é a imaginação.

A arte esquizofrênica de Arthur Bispo



Arthur Bispo do Rosário foi um artista plástico brasileiro, que por mais de 50 anos esteve internado na colônia Juliano Moreira no Rio de Janeiro. Diagnosticado como esquizofrênico-paranoico, em certo momento começou dentro da colônia a produzir arte a partir de objetos recolhidos do lixo e de sucata. Nascido na cidade Japaratuba em Sergipe em 14 de Maio de 1909 veio a falecer no Rio em 05 de Julho de 1989, trabalhou como marinheiro e também como empregado de uma rica família carioca. Aos 27 anos atendeu ao pedido de vozes que lhe diziam que ele devia se apresentar para o evento divino da passagem de “Deus” pela terra, foi falar com os monges sobre sua missão, para logo depois ser preso e internado como paciente psiquiátrico. Com sua arte que envolvia estandartes, faixa de mísseis e objetos domésticos, ficou reconhecido no Brasil e nos grandes centros de arte do mundo como artista de vanguarda, sendo comparado a Marcel Duchamp. Sua obra mais conhecida é o Manto da Apresentação, que Arthur deveria vestir no dia do juízo final, a sua vida e obra já virou documentário. Abaixo uma reportagem do programa De lá pra cá da TV Brasil sobre a arte esquizofrênica de Arthur Bispo do Rosário.





domingo, dezembro 16

Neil Gaiman leitura na FLIP



Em 2008 Neil Gaiman esteve na FLIP, Gaiman para quem não conhece é um grande escritor, responsável pelas histórias da série chamada (SANDMAN), com a série em quadrinhos de luxo obteve reconhecimento mundial. Nessa sua passagem pelo Brasil na feira literária de Paraty (Rio) ele leu um conto do livro (COISAS FRÁGEIS), trata-se da história de um homem que havia chegado no inferno e estava num acerto de contas com um demônio, por conta de maldades feitas no plano material. (OS OUTROS) foi lido por Neil Gaiman em inglês e traduzido aos participantes por uma tradutora, mas quem já leu o livro percebeu a veracidade da tradução, abaixo o vídeo da leitura com a excelente tradução.


                                                   Leitura do conto, Os Outros

sábado, dezembro 15

TARANTINO EM GRAPHIC NOVELS



O último filme do diretor Quentin Tarantino vai virar HQ, recentemente a DC COMICS avisou que a película (DJANGO LIVRE) será adaptado pro formato dos quadrinhos, a adaptação contará detalhes que Tarantino não conseguiu inserir no filme, por conta da linguagem cinematográfica possuir um outro ritmo. A série de quadrinhos terá cinco edições e a primeira será lançada no dia 19 de dezembro nos EUA, enquanto o filme no dia 25 de dezembro, no Brasil somente em janeiro. Confira a capa da HQ produzida pelo artista Jim Lee, juntamente com a introdução escrita pelo próprio Tarantino




Desenhos Animados - Soundtracks




Quem foi criança nos 80 e 90 não passou incólume pelas belíssimas trilhas de diversos desenhos animados. Os Smurfs, The Thundercats, He-Man, Caverna do Dragão, DuckTales e vários outros. É impressionante como esses temas ficaram registrados em nossa memória, são diversas as pesquisas no ramo da música usando lembranças boas da fase infantil como forma de terapia em diversos transtornos, como depressão, stress e etc.. Separei para esse post um vídeo de (Freede Gredde) interpretando trechos de trilhas de alguns dos melhores e mais conhecidos desenhos animados das décadas de 80 e 90.