segunda-feira, agosto 8

Civilização, Barbárie e Cocaína

No mundo contemporâneo que vivemos hoje, em que o homem não tem mais tempo para nada a não ser relacionado ao trabalho e a valores materiais, acaba resultando vivermos isolado um do outro no meio das pessoas em que vivemos, a ponto de não notar os pequenos detalhes no dia a dia, como o corte de cabelo ou a roupa que a pessoa está vestindo, por exemplo.
Isso é refletido na sociedade nos dias atuais, que as pessoas muitas das vezes perdem o bom humor num do lapso de segundos por motivos toscos, podendo acabar a perder a vida, já que a vida do ser humano também não tem mais valor algum.
A sociedade está doente e pede socorro, mas o próprio Estado também faz o seu papel, “Tô nem aí”, justo ela que deveria exercer o seu papel de bem estar e se importar com a vida de cada individuo, podendo uma vida no mínimo digna, mas que na prática é o inverso.
Aos poucos dias atrás, eu li num blog a agressão ao funcionário do Sistema Mirante de Comunicação por três rapazes que são “filhinho de papai” por causa do estacionamento na via de transito que estava atrapalhando o percurso dos agressores, o que podia ser resolvido numa simples conversa, foi através de chutes e pontapés pelos playboys.
O mais interessante nisso, é porque os agressores são de famílias de classe média alta e alta, com famílias estruturadas e requintadas, que sempre foram vistos como exemplo de civilidade, educação e bons costumes, enquanto a barbaridade e violência está associada a família pobres e má estruturada, prevalecendo a má informação, ignorância e falta de oportunidades.
Mas isso serve para romper paradigmas de que a violência está relacionada somente aos pobres e favelados, se a violência nos bairros pobres podem ser justificadas devido a desigualdade social e falta de oportunidade. O que leva os jovens de classe média alta e alta a agirem como animais irracionais, sendo que pra eles não faltam supostamente nada?
Um dos fatores que fizeram aumentar a violência que atingiram todas as classes sociais, o que antes era associado somente às camadas pobres, são o uso desenfreado de drogas, e como de costume, eu leio todos os blogs e artigos na internet na cidade, um deles foi o artigo do Vereador Chico Viana, que é médico e jornalista. O mesmo afirma que mantém o tráfico de drogas são a classe média alta e alta, principalmente a cocaína, sendo a droga mais cara e a mais consumida por essas classes que tem poder aquisitivo.
E com a ressalva, o Vereador Chico Viana é do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), partido alinhado com a política do neoliberalismo e durante o governo do Fernando Henrique Cardoso combateu fortemente o tráfico (mas esse combate foi mais direcionado aos usuários), o mesmo reconhece que reprimir não é a solução, e não pode tratar como criminoso os usuários e sim como doente que precisa de tratamento.
O Estado com o papel que “Tô nem aí” para os usuários/doentes, o uso desenfreado aumenta cada vez a violência com níveis alarmantes, que por motivo bobo, cada um de nós podemos ser a próximo vítima, e o responsável por toda essa violência são aqueles que sustentam o mundo do crime e se beneficia com a criminalidade, mas a culpa e a responsabilidade com a violência são os que moram em favelas, morros e bairros pobres/periféricos.