segunda-feira, julho 30

Olhar Flâneur..

Olá, esse é meu primeiro post no ponto continuando. Então, aqui vão algumas de minhas fotografias e aproveitando o espaço gostaria de comentar o título ''Flâneur.'' Bem, olhar Flâneur é como um olhar observador, esse termo foi criado por Baudelaire, não exatamente um olhar observador, mas, segundo ele:
“uma pessoa que caminha pela cidade a fim de experimentá-la.”
É um caminho filosófico completo de viver e pensar. Desde criança já gostava da tal fotografia, sempre que posso dou uma passada naquele mar de fotos antigas pra relembrar sorrisos. Ganhei minha primeira câmera aos 15 anos, dai pra frente fui ser feliz. Minha companheira de momentos, gosto de fotografar natureza, animais e pessoas... No geral é isso.     

                                      






Vida nova e feliz


Desde que eu inicie a minha nova vida: a de professor e caixeiro viajante.

Estou tendo a oportunidade de melhor conhecer o nosso Maranhão, pra constatar o quanto é rico e lindo o nosso estado, mas com fortes contrastes sociais.
O costume de todos os domingos sair da rodoviária as 19h30min pela empresa Transbrasiliana rumo ao sul do Maranhão, principalmente nos municípios de Balsas, Barra do Corda, Grajaú e Loreto em que eu trabalho, me fez sentir um sujeito sem identidade e sem residência fixa.

Fazendo eu me sentir um interiorano, me adaptando a vida nessas cidades e hostilizar a cidade grande, principalmente quando chego a São Luís e imaginar que eu devo enfrentar o trânsito caótico e pegar um ônibus extremamente lotado até chegar na minha casa, ao pensar nisso, a minha vontade é que logo chegue o domingo no mesmo horário de sempre com a mesma empresa na rodoviária pra ir ao interior.


Eu dizia aos meus amigos e aos ventos até bem pouco tempo atrás que não me via numa sala de aula como professor, e posso dizer que é muito, mas muito mesmo gratificante estar numa sala de aula, lecionando, ministrando e orientando os alunos. Sem contar que você ganha o respeito de todos, desde o limpador, faxineiro, outros professores, diretores, coordenadores, alunos e pessoas comuns.

Até bem pouco tempo atrás eu dizia que não trocava a minha vida na cidade grande pelo interior, e hoje vejo totalmente o contrário, se um dia me mudar pra morar no interior eu moraria, e não iria sentir muita falta da cidade grande.

Porque nos interiores em que trabalho como professor, eu não preciso pegar ônibus lotado e muito menos enfrento o trânsito caótico, vou a pé para UEMA lecionar e orientar os meus alunos.

Não sinto falta de pegar ônibus e muito menos sinto a necessidade de ter um carro para o deslocamento, os preços na corrida de um táxi e/ou moto taxi não são tão caros para os locais mais distantes, eu não sinto o estresse de quem vive numa grande cidade, e digo que a minha qualidade de vida até melhorou em razão disso.

As pessoas do interior são bem mais humoradas e de certa forma solidários e humanos em relação aos que vivem nas cidades grandes, onde predomina a violência, o estresse diário por causa do trânsito caótico e transporte público precário.

Em virtude disto, eu me sinto um “turista” em São Luís, cidade pelo qual eu moro e vivo.