terça-feira, janeiro 15

Da janela do quarto


Da janela do quarto
Ela diz cheirar o futuro
Enquanto o vento que sopra
Brinca entre seu cabelo escuro

E poeta que sou
Rimo versos por beleza

Da cozinha a sala de jantar
Ela põe os pratos, talheres, feijão, arroz
A carne frita na manteiga
E a salada de alface com tomates sobre a mesa

Esqueço os versos e como.
O pudim de limão, também, da geladeira.

Assim
Ela faz o poeta,
Homem.

Que na cama
Se desmantela no seu corpo nu
E depois vai lavar as louças sujas.

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