sábado, maio 19

Depravado (naquele sentido)




Afinal, o que é depravação?
Gostar de sexo é ser depravado?
Apreciar o corpo é ser depravado?
Buscar o prazer é ser depravado?

Ser depravado não é nada disso...

Para um homem, ou mesmo um garoto como eu, reconhecer a beleza do feminino, a pele, os seios, a boca, a fala, o toque, as deixas, e toda aquela sabedoria instigante das mulheres que acaba com os homens.
A carne e o espírito.
Reconheça, é maravilhoso o poder que elas tem.


Quanto às demais afeições, não me atrevo a explicá-las. Cada um tem os seus motivos, e eu tenho os meus para reforçar todo esse feminismo.

Mas eu me pergunto o porquê de ter resistido tanto a perceber isso. Maldita lavagem cerebral que me fizeram na adolescência. Acho que meus olhos só foram se abrir quando eu adquiri meus primeiros quadrinhos do Manara, e com eles aprendi que o corpo é a obra de arte mais fascinante que qualquer par de olhos poderá ver na vida e, o melhor de tudo, é uma obra animada. Nem o sexo, com todo o seu magnetismo, pôde me tranqüilizar até então. Bendito seja o bom velhinho italiano, que faz a alegria das crianças (não mais tão inocentes) que já passaram da idade de receber presentes do Papai Noel.

Falar sobre isso não é ser depravado. Buscar isso não é ser depravado.

Depravação é tornar o corpo, o sexo e o prazer a sua própria imagem.

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