domingo, novembro 27

Polícia Universitária

Há poucos dias o Brasil presenciou mais uma violência policial com os estudantes, e mais uma vez na USP (Universidade de São Paulo) na capital paulista (São Paulo) que prenderam os estudantes por supostamente portarem maconha.
Essa atitude foi o estopim para os estudantes do FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da mesma instituição entrar em confronto com os policiais e ocupar a reitoria.
A grande imprensa deste país, no caso a Rede Globo, Bandeirantes, Record, SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), Redetv e outras como de costume, estava contra os estudantes a ponto de alguns jornalistas chamarem de “vagabundos”, baderneiros” e outras denominações que todos já conhecem.
Mas antes desse fato ocorrido um estudante foi assassinado dentro das dependências da universidade, e esse incidente não é isolado porque outros casos semelhantes já ocorreram, eu particularmente não conheço a USP, mas quem conhece falam que a área da universidade é imensa e com localidades bastante sinistras principalmente a noite, propicio a assaltos, roubos, furtos, estupros e outros tipos de violência.
Vamos ao caso do Campus da UFMA com a sua grande área, mas não tanto quanto a USP (a meu ver), já houve roubos, assaltos, estupros e outros, como não querer a segurança dentro da instituição com esses problemas?
Lembro-me em tempos de movimento estudantil que alguns segmentos pregavam a retirada dos seguranças armados e uma segurança sem armas, como podemos querer seguranças sem armamento se a UFMA está localizada nas áreas mais violentas de São Luís? não se trata de defender o policiamento e a repressão.
Porque a segurança no campus da UFMA ou em qualquer instituição público de ensino superior no Brasil afora que passa pelo mesmo problema é necessária, a questão que deve ser discutido pelos estudantes, professores e técnicos é que tipo de segurança que deve ser implantada nas universidades.
Porque a atitude da Polícia Militar de São Paulo na USP foi autoritária, porque o consumo da maconha não é crime de acordo com a nova lei, o usuário/dependente químico não deve ser tratado como criminoso também de acordo com a nova lei, se a policia e a grande mídia afirmam o uso da droga, cadê as provas? Quem foram esses estudantes? Se os grandes veiculadores da noticia no país afora estavam propagando que os estudantes não devem ter privilégios, nem usar drogas nas universidades e serem tratados como pessoas comuns, eu pergunto novamente. Cadê as drogas? Que quantidade era para ser caracterizado como tráfico? Quem são esses estudantes? Não houve em nenhum momento documentos com fotos ou testemunhas para provar. Creio eu que a maconha foi apenas um estopim para a polícia exercer o papel de repressor contra os estudantes. Porque o atual reitor da universidade é intimamente ligado ao governo tucano paulista. É apontado por muitos estudantes como autoritário e rege a instituição a mãos de ferro.
Todos nós conhecemos que o uso da drogas sempre foi o tema de debate nas universidades, uso das mesmas é ocasionado a vários fatores, recentemente o STF (Supremo Tribunal Federal) respaldou a marcha pela legalização da maconha por reconhecer que é uma liberdade de expressão e é legitimo o debate em todas as esferas da sociedade.
Portanto, a atitude policial foi extremamente arbitraria no intuito de reprimir os estudantes a todo e qualquer custo, mas com todo esse incidente que não é isolado continua sendo importante a existência de uma segurança nas universidades, mas que tipo de segurança e sendo especifica a lidar com o cotidiano dos estudantes.
Todo e qualquer órgão de segurança é repressor, e isso é fato, mas há diferenciação e funções diferenciadas aplicado por cada instituição, por exemplo, a Polícia Federal e a Polícia Militar nos estados são repressoras, mas com o papel diferente em suas funções.
A Polícia Universitária nas universidades seria importante, porque a função aplicada seria diferenciada com os demais órgãos de seguranças, especialmente a lidar com os estudantes e o ambiente estudantil e acadêmico.
Seguindo assim, a segurança é necessária, mas que tipo de segurança queremos nas universidades? Porque com a segurança já é um problema e sem ela é pior ainda.

8 comentários:

Ana Leila disse...

Concordo com vc em parte meu caro william,sou a favor da policia fazendo o policiamente ostencivamente nas universidade,hora, se a maconha ainda é proibida no Brasil pq alguns estudantes teimam em desafiar as leis, será pelo simples fatos deles esta fazendo curso superior?Outra coisa será que ñ foi um ato de vandalismo as pixações , carteiras e mesas quebradas ? porque eles ñ fazem uma manifestação em frente ao congresso nacional, contra a corrupção , pq os estudantes não invadem o plenario da camara em Brasilia reividincando melhoria na educação , na saúde?poxa fazer uma manifestação desse tipo pq querem usar maconha e pq ñ querem a policia no campos da USP,sería cômico se ñ fosse PATETICO... Mais infelismente percebo que por traz do movimento na USP tem muitos grupos partidarios querendo desestabilizar o governo,pena que a maioria dos estudantes ainda ñ perceberam isso ou estão comendo no mesmo prato.

William Washington de Jesus disse...

Ana Leila, a maconha é proibida, mas o consumo não. Parece contraditório, mas essa é a lei vigente.
As universidades sempre foi o local de discussão e debate a respeito do uso das drogas.
Como coloquei no artigo, eu defendo sim o policiamento, mas uma polícia específica que lida com os estudantes e com o ambiente nas universidades.
Seria magnifico mesmo todos os brasileiros e brasileiras ocuparem o Congresso Nacional, mas infelizmente ainda continua sendo o sonho distante.
Muito obrigado pela participação.
Estou aberto as críticas e ao debate.

Anônimo disse...

Caro Willian, sou agente de segurança de uma universidade federal e, se Deus quizer, futuramente Agente de Polícia Universitária. Referente a questão da maconha, gostaria de fazer uma correção: O consumo ainda é crime sim, tipificado no artigo 28 da Lei 11.343, a diferença é que agora são aplicadas penas alternativas e o usuário não fica preso. Assina um TC e é liberado para responder em Juízo.
Um abraço...Valmor - DESEG/UFSC.

William Washington de Jesus disse...

Obrigado Valmor pela informação.

William Washington de Jesus disse...

Obrigado Valmor pela informação.

aluizio g azul disse...

COMPANHEIROS, A MACONHA JA PODE SER CONSUMI-
DA LIVREMENTE EM MUITOS PAÍSES NO MUNDO, AQUI É
APENAS QUESTÃO DE TEMPO. QUEM VIVER VERÁ!
QUANTO A CRIAÇÃO DA POLÍCIA UNIVERSITÁRIA/
EXECUTIVA, SERÁ UM NOVO 'CARGO' NOVA NOMENCLATU-
RA. A CATEGORIA DE AGENTE DE VIGILÂNCIA/VIGILAN-
TE LOTADOS NAS I.F.Es/MEC DESDE 1985, SÓ SERÃO
APROVEITADOS NO NOVO CARGO SE HOUVER A FAMIGERA-
DA T R A N S P O S I Ç Ã O D E C A R G O. PARA
ISTO É NECESSÁRIO APOIO DA FASUBRA SINDICAL, JUN
TO AO CONGRESSO NACIONAL PARA 'EMENDAR' A PEC DA
DEPUTADA ANDREIA ZITO. ALIÁS, COMO NÃO OFENDE PERGUNTAR, POR QUE ESTÃO PRIVATIZANDO A SEGURAN-
ÇA EM QUASE TODAS AS UNIVERSIDADES FEDERAIS? TO-
DA CATEGORIA DEVERIA ESTAR FAZENDO ESTA CONSULTA
VALE FRIZAR QUE A CATEGORIA FUNCIONAL DE AGEN-
TE DE VIGILÂNCIA ESTÁ AMPARADA POR LEI MAS, A CA
TEGORIA FUNCIONAL DE VIGILANTE, NÃO. PORTANTO SE
OS CARTOLAS DAS I.F.Es/MEC AMANHÃ COLOCAREM OS
COMPANHEIROS VIGILANTES EM DISPONIBILIDADE, NÃO
HÁ COMO COMBATER A MEDIDA. PENSEM NISSO.

aluizio g azul disse...

POLÍCIA UNIVERSITÁRIA/EXECUTIVA.
PARA QUE A CATEGORIA FUNCIONAL DE AGENTE DE VIGILÂNCIA/VIGILANTE POSSA SER BENEFICIADA, SE
FAZ NECESSÁRIO EMENDAR A P.E.C DA DEPUTADA AN-
DREIA ZITO. CONCLUINDO: SEM A MEDIDA DE "transpo
sição de cargo", a categoria de vigilante certa-
mente ficará exatamente como está.

Anônimo disse...

Aluizio, bom dia, porque há necessidade de transposição só a partir de 1985, quem entrou antes disso será aproveitado automaticamente como policial universitário?
Obrigado.