sábado, setembro 1

EGOTRIP – VIAGEM AO FUNDO DO EGO.




O que seria da MPB? Esse termo calcado pela critica sem a consolidação de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e outros após a barra pesada dos exílios deles e de outros. Antes não existia música brasileira? Claro que sim, porém a personificação através desse termo ficou bem mais sólida entre público e a mídia em geral na segunda metade da década de 70. Por detrás desses artistas nessa ocasião estavam não tão menos geniais alguns músicos, muitos desses inclusive provenientes de bandas rock com a maturidade musical alcançada nos shows, festivais e outras apresentações, esses músicos diversos deles trilharam um caminho mais seguro em se falando de carreira musical, deixando para trás a incerteza da estrada do rock que á época se apresentava desgastada.

Tal acontecimento tornou-se uma tradição com o passar dos anos, não que não existam bandas de rock nacional com carreiras consolidadas, claro que não Barão Vermelho, Kid Abelha, Titãs, Ultraje a rigor  isso para não citarmos outras bandas e até medalhões da jovem Guarda que ainda estão na estrada a todo vapor. No ano de 1985 nasceu uma banda no meio daquela avalanche de boas bandas e outras tantas de qualidade duvidosa, criada pelo baixista Arthur Maia a banda Egotrip, Vocais (Nando Chagas), guitarra (Francisco Frias), saxofone e teclados (José Rubens) e na bateria Pedro Gil, filho de ninguém menos que Gilberto Gil. Em 1987 a banda lançou seu álbum de estreia com a música ”Viagem ao fundo do ego.” Chegando a ser trilha da novela da Mandala. Egotrip seria apenas mais uma banda no meio de diversas outras dos anos oitenta se não fosse algumas curiosidades em torno de sua existência, fugindo um pouco da tradição Arthur Maia antes de montar o Egotrip era músico de palco de grandes nomes da MPB. Essa inversão é curiosa nesse caso por conta do sucesso alcançado pelo Egotrip e também por sua tremenda qualidade musical, tocando um Pop Rock que esbanjava virtuosidade dos músicos, a viagem sonora se sobressaia ainda mais porque a banda apontava para o futuro, arranjos modernos e ótimas letras. Infelizmente em 1990 a banda teve seus trabalhos encerrados por conta da morte precoce do baterista Pedro Gil que despontava como um dos melhores músicos do instrumento no Brasil. Após o término da banda Arthur Maia voltou a se apresentar com grandes músicos dessa vez fora do Brasil entre eles Pet Metheny, Carlos Santana, George Benson só para citar alguns.


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