sábado, outubro 13

Descaso


Nenhuma visita. Nenhum jeito. Nenhuma coragem me fita. Nenhum coração nesse peito. Nenhuma voz além da minha. Nenhum pensamento dito tão sufocante. Nenhuma conversinha, em nenhum instante. Nenhuma expectativa. Nenhum descompasso. Descrença de mim deriva, cai fora desse corpo escasso. Bebo alguns contratempos e todo desconsolo, não tenho nem a mim por pura apatia. Meu íntimo está distante, intimo brega, intimo tolo. Nenhuma surpresa, nenhuma alegria. Alma vendida, ser humano sem preço, não se lembra dos compradores ou de troco algum. Alguém duvida? Ninguém aqui conheço. Não há mais valores, não há mais nenhum.

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