quarta-feira, julho 18

Forte candidato a substituir o Mano Meneses



Terminada a Copa do Brasil em que a Sociedade Esportiva Palmeiras – SP sagrou-se campeão da competição, esse mérito deve-se não apenas aos jogadores, mas também ao treinador que passou muito tempo sem ganhar títulos, há dois anos no comando do clube (isso é raro) e vinha sendo alvo de piadas, chacotas e descrédito por parte da torcida e da imprensa, a ponto de ser chamado pelos críticos esportivos de ultrapassado e que deveria se aposentar, o Luiz Felipe Scolari.

Ele conseguiu levar ao Palmeiras a quebra de jejum por títulos nacionais, com o time limitado e com poucos craques de fato, e não mudou o seu estilo de jogo-tático, por todos os clubes que ele passou, teve o mesmo método de treinar e comandar.
Foi assim no Grêmio – RS, com o futebol bravo, guerreiro e valente, o estilo dele, e na seleção brasileira em que foi campeão do mundo na Copa de 2002 na Coréia – Japão, foi do mesmo modo, totalmente desacreditado com alguns jogadores que vinham de lesão como o Ronaldo “Fenômeno”, por exemplo, e com alguns jogadores que vinham sendo alvo de críticas por parte da imprensa, e odiado por não ter convocado o Romário que teve o forte clamor popular e até do Presidente da República, o Fernando Henrique Cardoso, que o queriam na seleção.


E na seleção portuguesa foi o auge da sua carreira (pelo menos pra mim), porque foi treinar uma seleção com o nível de futebol intermediário, com grandes jogadores como o Luis Figo, por exemplo, mas a seleção em si nunca conquistou um titulo europeu e teve poucas participações em copas.

Barrou o ídolo nacional, o goleiro Vítor Baia, quase unanime que por muito tempo foi o goleiro do Porto – Portugal e da seleção portuguesa, sendo um dos goleiros mais caros do futebol quando foi comprado pelo Barcelona por 6 milhões de dólares na época (anos 1990) em que jogou o Ronaldo.
Com o time limitado de Portugal, conseguiu fazer numa seleção fortíssima, convencendo o Luis Figo a adiar sua aposentadoria e se tornar um dos cérebros da equipe, e foi justamente com o Felipão que Cristiano Ronaldo ganhou espaço na seleção portuguesa, na época tido como grande promessa e revelação.

O resultado foi o vice – campeonato na Eurocopa em 2004 realizada em Portugal por uma seleção sem brilho e que não tem tradição alguma e pouquíssimas participações em copas do mundo, a Grécia. Até hoje eu me pergunto como que a Grécia conseguiu ser campeã da Eurocopa, porque Portugal merecia ter sido campeão naquele torneio.

O Palmeiras e o Felipão calou a boca de todos, principalmente dos críticos, e o treinador Mano Meneses deve mesmo mais do que nunca montar o time da seleção para a Copa de 2014, a começar com as Olimpíadas em Londres deste ano (2012).

O Luiz Felipe é especialista em montar o time, mesmo com as limitações e até de seus jogadores num time valente, bravo e guerreiro, por exemplo, o jogador Barcos do Palmeiras, argentino, alto e especialista em jogos aéreos, principalmente nas cabeçadas que é a sua principal especialidade e ponto forte, não tem muito talento com a bola no pé, mas é lutador em campo e costuma ajudar na defesa, estilo semelhante do Jardel (com quase a mesma altura e especialidade em cabeçadas), época que jogou no Grêmio justamente quando o Felipão era treinador.
Marcos Assunção é o cérebro do time, não tem muito talento nos passes e assistências, mas é mestre nas bolas paradas, especialmente em fazer gols. E foi assim que o Palmeiras conseguiu conquistar a Copa do Brasil.

Num eventual fracasso nas Olimpíadas em Londres e a demissão do Mano, o Luiz Felipe caso seja chamado e aceitar a treinar novamente a seleção brasileira, usará a mescla de jogadores novos com veteranos, é provável que Marcos Assunção, mesmo ter passado da idade acima dos 34 anos, poderá ser aproveitado na função de volante e com mesmo modo que joga no Palmeiras.

O Brasil pode até não ganhar a Copa de 2014, mas se o Felipão estiver no comando, poderá fazer o Brasil num time aguerrido, forte, bravo e valente em campo com o talento individual do Neymar, Oscar, Leandro Damião e Lucas.



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