sábado, outubro 6

INTERPOL - Our Love To Admire.






No inicio dos anos 2000 tivemos o velho embate entre E.U.A e Reino Unido sobre qual seria a banda que iniciaria a década como grande promessa a explodir no mainstream do bom e velho rock ‘n’ rool. De Nova York vimos o Strokes revisitando o pré-punk dos Stogges e MC5 e do Reino Unido bandas como Libertines, The Hives bebiam na fonte do Buzzcooks e The Jam. O tempo foi passando e com ela à onda de salvação alarmada por todos aqueles que acreditam nascer a cada semana um novo Nirvana, U2 ou Oasis, dessas bandas somente o Strokes ainda continua gravando discos razoáveis. Em se falando de anos 2000 uma saída da rota do oba oba de grande banda do momento, aconteceu sem os holofotes da grande mídia somente em 2007. A alternativa veio através de uma banda independente de Nova York chamada INTERPOL, depois de dois ótimos álbuns de estúdios o INTERPOL lançou nesse ano Our Love To Admire até então a banda era classificada pelos críticos como banda Neo-Pós-Punk influenciada por ninguém menos que o mítico Joy Division. Sim é verdade o vocal do Paul Banks lembra e muito o vocal de Ian Curtis, mas em 2007 a banda agrega teclados na sonoridade da banda, dando com isso um tom bem mais misterioso as músicas.

Em Our Love To Admire o trabalho harmônico da guitarra foi levado ao limite, o baixo acompanhando o vocal grave e tristonho de Paul Banks dava o tom nublado das canções. Disparando metáforas para todos os lados as letras falam de ausências matérias e espirituais, drogas e amores dilacerados em nuvens de incompreensão. No universo das composições do INTERPOL diversos temas são insinuados e pouquíssimos colocados ao fácil entendimento. Paul Banks certa vez disse que as letras são escritas somente após a música inteira pronta. Our Love To Admire é meu álbum predileto nos últimos dez anos, perfeito para aqueles como eu que acreditam que a tristeza é tão necessária como a felicidade. Esse álbum é perfeito para ouvir na manhã de um sábado de chuva, cheio de indagações existenciais. Como Paul Banks fala em uma letra do álbum a vida é vinho... E vamos concordar que os grandes álbuns de rock também.



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