segunda-feira, maio 14

A Volta do Automobilismo Competitivo



A FÓRMULA 1 que é maior e mais atraente campeonato de automobilismo do mundo, voltou a ser competitivo como antes com a vitória do piloto venezuelano Pastor Maldonado, o primeiro piloto de seu país (VENEZUELA) a ganhar um Grande Prêmio que foi realizado na Espanha hoje (13/05/2012).

Porque estou falando de corrida se eu gosto de futebol? Porque a F1 já foi muito popular no Brasil, quem na infância não lembra os dias de domingo assistirem as corridas torcendo pelo Ayrton Senna?  O Senna foi o grande contribuinte para a popularização do esporte elitista onde as massas passaram acompanhar pela TV e ser alvo de conversas em bares e esquinas no Brasil afora. Nem o Nelson Piquet que é tri-campeão da F1 (1981-1983-1987) na década de 1980 e Emerson Fittipaldi bi-campeão (1972-1974) na década de 1970 conseguiram despertar o interesse do povo pelo esporte. Senna, também tri-campeão (1988-1990-1991), obteve recordes e vitórias, se identificou com o povo brasileiro.


A sua morte num trágico acidente em Ímola na Itália em 1994 no GP de San Marino comoveu o país inteiro, até uma prima minha na época que era criança chorou pela sua morte, mas o acidente alertou definitivamente as autoridades que organizam o evento, porque desde daí até o momento não houve mais acidentes fatais na modalidade.
Se vocês forem ao Youtube e digitar na área de pesquisa com a palavra “Acidentes fatais na F1”, verá inúmeros acidentes ao longo destes anos, principalmente nas décadas de 1950 (que foi criado o campeonato), 1960, 1970, 1980 até 1990, alguns que chocam e chegam a abalar a parte emocional e psicológica das pessoas.

A segurança aos pilotos era praticamente zero, a morte de nada mais e nada menos de um tri-campeão mundial Ayrton Senna, forçou as equipes investirem maciçamente na segurança dos carros e a proibição de alguns equipamentos que podem atentar a vida dos pilotos.
Mas a morte do Senna, acabou o brilho da competitividade no automobilismo, a exemplo disso foram os anos de hegemonia do piloto alemão Michael Schumacher que ganhou no total 7 (1994-1995) vezes o campeonato, sendo as 5 consecutivas (2000 a 2004).

A equipe Ferrari, criou o esquema de competição entre as equipes, que acabou beneficiando o piloto alemão, e o brasileiro Rubens Barrichello foi durante anos em que atuou na escuderia (2000 a 2005) o piloto secundário, ou seja, não era permitido ultrapassar ou ficar na frente do Michael. Quem não se lembra do Grande Prêmio da Áustria em 2002 que o Barrichello durante toda a corrida esteve na frente do piloto Michael, mas faltando a poucos metros da chegada final, o mesmo recebeu ordens da equipe italiana para permitir a ultrapassagem do alemão para garantir a vitória e a liderança do campeonato? Foi tão constrangedor que o Michael Schumacher não chegou a comemorar a sua vitória e entregou o troféu de vencedor ao 2º colocado (Rubens Barrichello).

Várias vezes, a equipe Italiana pegou o carro do Barrichello para o Michael Schumacher pilotar porque o seu carro estava menos veloz e menor condição de competir com pilotos de outras equipes a do brasileiro, eu perdi muito os dias de domingo torcendo pelo Barrichello, apesar das injustiças que ele sofreu na escuderia, mas foi muito bem pago para exercer a função de piloto secundário e inexpressivo. E daí passei a criticar o piloto brasileiro e odiar a Ferrari.
A escuderia italiana deveria ser banida na F1 por essa prática, porque o Felipe Massa está exercendo o mesmo papel que o Rubens Barrichello exerceu, dando ao piloto espanhol Fernando Alonso plenos poderes na equipe, como foi o Schumacher.
Quem não lembra a disputa do Ayrton Senna e do francês Alain Prost (tetracampeão em 1985-1986-1989-1993) na equipe McLaren na década de 1980? Os dois pilotos atuavam na mesma equipe e disputavam o título do campeonato de forma acirrada, a ponto de terem inimizades até fora das corridas.

Hoje no ano de 2012, já aconteceu até o momento 5 (cinco) GP´s, ganharam cinco equipes diferentes com pilotos diferentes de cada escuderia, este ano está mostrando a F1 de outrora, fazendo lembrar do Senna, Piquet, Prost, Niger Mansell (piloto inglês campeão em 1992), Gerard Berger (piloto austríaco) e muitos outros.

Se o Massa e o Bruno Senna não ganharem este ano, estou torcendo para qualquer equipe, exceto a Ferrari e o Fernando Alonso, pois a equipe com o piloto não merecem serem campeões de construtores e pilotos respectivamente, se a equipe não pode ser banida, não podemos aceitar que somente o Alonso possa competir no campeonato e o Massa ser secundário sem o direito de disputar nem mesmo o com próprio companheiro de escuderia.

Mas como falei anteriormente, o Rubens Barrichello foi muito bem pago para ser o que foi durante os anos que esteve na Ferrari e o Felipe Massa está pelo menos aparentemente sendo pago da mesma forma, portanto, não dá pra criticar somente a equipe se o piloto não se manifesta nas condições em que está submetido, porque se quisesse condições iguais, faria duas uma, exigiria da equipe o direito de competir até mesmo com o colega da mesma escuderia ou rompia o contrato com a Ferrari e pilotava em outra equipe, que até o momento o Massa não fez nenhuma dessas manifestações, agindo da mesma forma como o Barrichello fez, lamentavelmente.

O pior disso tudo, é que o Brasil nunca mais teve o piloto brasileiro campeão na F1, e o último foi em 1991, justamente o Ayrton Senna, que além de ter sido o grande piloto, não aceitou o mando e o desmando da Mclaren na época que pilotou junto com o Alain Prost que já era grande piloto e campeão da F1 antes do 1º título de Senna.



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