quinta-feira, setembro 6

Só mais um Caso


Diego Pires entrevista O Cineasta Independente Roberth Nunes por via Email

Fazer Cinema Independente já não é fácil e como é fazer em Imperatriz do Maranhão?

É uma longa, trabalhosa e extremamente gratificante jornada.

No curta Tele- Morte - Disque para Morrer vc pretendia fazer um Drama e acabou saindo uma comédia. Como se deu essa inversão de gênero?

Na verdade a intenção sempre foi satirizar os serviços de tele atendimento, na vida real é um drama total passar pelo constrangimento apresentado no filme, mas quando você vê a situação pelo lado de fora... a coisa acaba tomando ares cômicos, ainda mais porque muita gente acaba se identificando com tudo o que é mostrado no filme. Recentemente passei cerca de 30 minutos em um tele atendimento de cartão de crédito e durante o processo eu não conseguia parar de pensar no TELE MORTE e em como eu estava sendo novamente  o protagonista desse filme agora em minha realidade. (risos ) 

E uma pergunte de praxe. Quais suas referencias? E até que ponto elas podem interferir ou ajudar num trabalho dito autoral?

É difícil destacar uma referência pois eu tento apresentar as características que eu mais gosto dos diretores que eu admiro. Sou subjetivo ( Tipo o diretor M. NIGHT SHYMALLAN em seus primeiros filmes e ROMAN POLANSKY em “O bebê de Rosemary” ) porém, em simultâneo eu sinto a necessidade de expor explicitamente as situações da forma mais inebriante ( JAMES CAMERON ) , gosto de trabalhar com atores ( CLINT EASTWOOD ) e aprecio a riqueza de detalhes de diretores como DAVID FINCHER. Amo como a música ajuda a contar a história, tipo a parceria entre STEVEN SPIELBERG com seu compositor de longuíssima data JHON WILLIAMS. Minha narrativa costuma se fundamentar no trabalho da construção de personagem feita pelos atores, ( PAUL THOMAS ANDERSON em “Sangue Negro” e “Magnólia” ) e desenvolvo o clímax de forma a deixar até claro ( até para conformar a platéia, pois não gosto de finais fáceis  ) o que poderá acontecer no fim. ( novamente ROMAN POLANSKY em “Chinatown” ) Tento pegar tudo isso e transformar no meu próprio estilo.

E por fim o que podemos esperar de seu novo Curta?   

“SÓ MAIS UM CASO...” é um média metragem de suspense, (algo que sinto falta em nosso cinema) e a idéia máster é passar a impressão que o filme possuiu uma produção imensa mesmo tendo custo ZERO de orçamento. Esse projeto iniciou com a premissa de que se alguém quer fazer um filme, QUE O FAÇA! Não espere por patrocínio ou um momento propício, SIMPLESMENTE FAÇA!  E assim foi feito. 

Trailer de Só mais um Caso




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