sábado, junho 16

Transa (1972) – Caetano Veloso.


Caetano estava exilado na Londres de 1969, quando obteve a permissão por parte da ditadura para vim assistir a missa de 40 anos de casamento de seus pais em janeiro de 1971. Na passagem pelo Rio de Janeiro foi interpelado pelos militares sobre a possibilidade de escrever uma música elogiando a rodovia Transamazônica, Caetano se recusou e na volta a Londres convidou músicos Brasileiros para um novo disco, Jards Macalé, Tutti Moreno, Moacyr Albuquerque e Áureo de Sousa. De qualquer forma esse álbum tem a cara de Caetano e Jards Macalé em todas as faixas, em Transa Caetano atinge sua maturidade musical, a influencia da língua Inglesa no seu dia a dia permeia todo álbum, um mixto de letras cantadas em português e inglês. A sonoridade de Transa
lhe colocou na oitava posição dos melhores álbuns nacionais pela Rolling Stones. Em dois grandes momentos do disco Caetano canta Triste Bahia juntando Gregório de Matos com todas suas lembranças do Brasil, fechando o álbum canta Mora na Filosofia um samba de Mansueto Meneses essa em minha opinião a melhor versão que Caetano fez de outro artista. Transa faz esse ano 40 anos do seu lançamento e foi remasterizado no Abbey Road pelo mesmo engenheiro de som que cuidou da remasterização de Let It Be dos Beatles, outra novidade é que o disco foi relançado na Alemanha em forma de vinil.

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