segunda-feira, outubro 24

carrocel

Nessa hora senti o não sentido
E revivi as ondas que transpassam
A vagabunda dor que atormenta
A solidão que me prende com um laço
E nessa chama da de sorte que nasci
E morro o sono desacreditado
São borboletas que sobrevoam docemente
Uma flor que nunca brota por descaso
Vou me perdendo a cada meia lua
É uma noturna que me embriaga em veneno
Posso sonhar e acordar quando surgir
Um elixir que me resgatará desse tormento
Vou navegando em densas águas
E me afogando a cada gota de chuva
Como criança que sempre teima em correr
Em uma rua em que as pedras são  agulhas
E o veneno que inebria minha alma
É a mesma chama que corroeu o meu peito
Vou então recostando o silêncio e o sorriso
Pois a derrota me cala como um beijo
Suplicando recubro toda a raiva
E escondo o que nunca quero olhar
E quem sabe as rosas acordem
Quem sabe o amor as façam brotar
Mais que amor é esse que não vive
E não espera e muito menos alcança
Quero olhar o que é não se vê
E sentir-me de novo como uma criança
Pois agora só enxergo o que vejo
E vivo de uma razão que partiu
Foi embora com a enxurrada da chuva
Que desmoronou tudo  que viu
Pois só vive o que espera
E só almeja aquele que cansa
Pois isso eu já parei
Porque não quero viver de lembranças
Muito menos de um falso sorriso
Ou muito menos falsa esperança
Só quero voltar ...
só quero voltar a ser criança

Nice Santos 

2 comentários:

Anônimo disse...

É Nice, sempre soube que tens coisas escondidas por ai.. bem legal gostei, bjo e abraço!

Natan Castro.

Anônimo disse...

beijos amigo..valeu