domingo, maio 29

O Decadentismo



Por Cris Lima

Em meio às transformações socais e econômicas que o mundo atravessava no período conhecido como fin-du-siècle, o declínio do império, sobretudo na França e na Inglaterra e ascensão de uma classe ávida por poder e prestígio social, a burguesia, surge uma estética sem preocupação em defender algum lema, sem fazer algum tipo de revolução, o Decadentismo.
Os decadentistas, como foram chamados os escritores desse período finissecular, acreditavam que a sociedade francesa e inglesa passavam por um período de decadência, declínio, mas na verdade o mundo por inteiro encontrava-se mergulhado por uma onda de pessimismo, frente ao um novo século que vinha surgindo. Inúmeras modificações no cenário das grandes cidades como Paris e Londres faziam-se notar, o que fez com que intelectuais como Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Mallarmé, Oscar Wilde, D’Annunzio, entre outros, começassem a criticar o modo como a vida social se tornava cada vez mais artificial.
As transformações que ocorreram nas metrópoles foram os balés, as casas de ópera, os bordéis, os bulevares, lugares do divertimento e do prazer. Tais mudanças, também se fizeram notar aqui no Brasil no inicio do século XX, a chamada “Belle Époque Tropical”. O Rio de Janeiro, capital da república, foi um espaço bastante retratado por nossos artistas decadentistas, entre eles: João do Rio, um representante singular dentro da estética decadentista. Da mesma forma que aristocracia francesa e inglesa encontravam-se em ruína, a brasileira também não estava diferente, a sociedade carioca começava a experimentar do progresso com a industrialização e a democracia.

Em outro momento trarei mais informações sobre o Decadentismo, mas abaixo indicarei alguns autores sobre o assunto para quem se interessar:

BAUDELAIRE, Charles. Sobre a Modernidade.Org: Teixeira Coelho Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas III: Charles Baudelaire: Um Lírico no Auge do Capitalismo. 3 ed. – São Paulo Editora brasiliense,2000.
PRAZ, Mario. A carne, a morte e o diabo na literatura romântica; Trad: Philadelpho Menezes. Campinas, SP: Unicamp. 1996.

3 comentários:

Anônimo disse...

eu tenho duvidas se progresso como diz no ultimo paragrafo é " industrialização e democracia"

Anônimo disse...

http://suprarrealidade.blogspot.com/2010/07/simbolismo-nietzsche-e-o-decadentismo.html

achei um texto que discute tb o decantestismo no blog do supra realidade de rodrigo bovary.

diego

Anônimo disse...

http://www.osarmenios.com.br/2011/05/classico-do-decadentismo-e-lancado-no-brasil/

ae ta o link do livro sobre o decadentismo "as avessas" de Joris-karl