me dá um certo gosto de finitude e humanidade.
nada mais banal...
estudantes de psicologia,
filosofia, medicina,
faxineiros,
a crente da igreja,
policias, trombadinhas e pedintes no trem...
todos nós ignoramos,
e uma hora outra nos inflama qualquer na garganta.
e tanto faz a ideologia de merda que escolher.
crer ferozmente no darwinismo social,
ou guiar-se
ingenuamente por qualquer marxismo deturpado...
você pode pensar no mundo como uma farsa,
e ignorar a problemática de sê-la também.
não me faz diferença...
o que temos além da realidade do despertador,
das aulas chatas de terça,
balcões de lanchonete,
escolas e vielas?...
a garota que você amou ano passado,
o seu cachorro atropelado,
os livros e arquivos no pc,
o chefe
e a mulher que te vende sanduíche,
tudo isso é muito mais do que poderia ter.
não nos possuímos, a nós mesmo.
não; não possuímos. e só, nos possuímos.
e não há amor,
ciência,
fé ou poesia,
que nos redima do que somos.
tomo um remédio,
e escrevo...
porque não há o que redimir, afinal...
simplesmente, não há.
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