O álbum além de poetizar na voz de Marcelo a paranóia tecno-esquizofrênica musical da modernidade segundo o Vulgue, tem na minha opinião a versão definitiva pra canção clássica de protesto de Waly Salomão e Jards Macalé, Vapor Barato. Sem dúvidas, Vulgue Tostoi geniais e criativos até nos covers de referências.
sábado, junho 23
Vulgue Tostoi - Vapor Barato
O álbum além de poetizar na voz de Marcelo a paranóia tecno-esquizofrênica musical da modernidade segundo o Vulgue, tem na minha opinião a versão definitiva pra canção clássica de protesto de Waly Salomão e Jards Macalé, Vapor Barato. Sem dúvidas, Vulgue Tostoi geniais e criativos até nos covers de referências.
Famintos
Ilustração de Tammys
Em
frente a minha casa, monstros enormes derrubam árvores, destroem casas e erguem
montanhas de terra vermelha.
Algumas
vezes os vemos levando nossa terra nas costas. Outras vezes a levam entre os
enormes dentes de aço.
Enfrentá-los?
Quem ousaria?
Apenas
aguardamos pacientemente...
O
ar vai ficando cada vez mais rarefeito.
À
noite é impossível dormir com os rugidos famintos dos monstros. Eles nunca ficam
satisfeitos e nunca pararam pra pensar nas pequenas criaturas que habitam a
região.
Estamos
reunidos e muito assustados, rezando para que isso um dia acabe. Nossas
árvores, nossa terra, nosso ar... Alguém os trará de volta um dia? E será que
viveremos esse dia?
Enquanto isso, os
rugidos famintos anunciam o fim dos tempos.
Soco Inglês- 3 episódio
– Devagar com o andor,
caros leitores, o já imensamente aguardado encontro entre Adenílson e seu
agressor está para acontecer, pois Adenílson já cruzou o portão do colégio e,
ato contínuo, o agressor partiu em sua direção, enquanto Luisinho comia
prosaicamente uma batata-frita numa barraca em frente ao colégio, junto ao
mesmo muro de onde o agressor havia se descolado com sangue nos olhos rumo a
Adenílson, feito águia que viu, sei lá, o preá, inventem aí vocês uma metáfora
conveniente, o fato é que o agressor atravessou a rua correndo em direção a
Adenílson, que, em vez de fugir, deu uma de
mocinha-peituda-de-filme-de-terror-que-vê-o-assassino-psicopata-surgir-do-nada-de-facão-em-punho-bem-na-frente-dela,
estacou o passo e ficou lá, parado, imóvel, gritando por socorro, mas baixinho,
em pensamento, a vergonha falava mais alto que o medo, as mocinhas peitudas de
filme de terror não têm desses pudores, gritam mesmo e pronto, não têm vergonha
de dar xilique diante de milhões de telespectadores, essa mesma vergonha que,
combinada com o medo, fez Adenílson ficar caladinho e criar raiz onde ele
estava, vendo, em câmera-lenta, o agressor se aproximando rapidamente.
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