Raul Seixas morava próximo
ao consulado dos E.U.A em Salvador na Bahia, era amigo de filhos de funcionários
do consulado e foi através deles que manteve contato com os discos de 75
rotações de rockabilly. Esse primeiro contato com toda cultura rocker dos
primeiros anos, fizeram marcas indeléveis na formação do jovem Raul Seixas, a mesma época
por influencia dessa descoberta Raul monta com Waldir Serrão outro jovem fã de
Rockabilly, um fã-clube de Elvis Presley. Essa aproximação com a musica jovem
americana trazida pelos amigos do consulado fez inclusive que Raul Seixas viesse
a estudar o idioma americano, o qual anos depois Raul dominava fluentemente. Numa
época que a Bahia vivia também o nascimento da Bossa Nova de João Gilberto e
Vinicius de Moraes, dois locais de apresentação na capital bahiana nessa mesma
época duelavam com propostas diferentes, eram eles o teatro Vila Velha casa dos
bossanovistas e o Cinema Roma reduto dos roqueiros recém-formados na cidade liderados
por Waldir Serrão e Raul Seixas.
No inicio dos anos sessenta
Raul Seixas monta com alguns outros amigos a banda Raulzito e os Panteras, a
banda ficou famosa em Salvador e nas cidades do interior tocando covers dos
primeiros grandes artistas do rockabilly como Elvis Presley, Ed Chrocane, Jerry
Lee Lewys, Gene Vincent e outros. Certa vez o cantor Jerry Adriane em turnê pela
Bahia teve contato com a banda e ficou impressionado com apuro técnico dos
músicos, chegando a tocar com eles em algumas apresentações por conta de problemas
com a chegada da sua banda a cidade. Nessa mesma época Jerry Adriane indica o
grupo a gravadora EMI-Odeon e no final de 1967 eles vão ao Rio de Janeiro
gravar o primeiro álbum da banda, que é lançado no inicio de 1968. As vendas
desse disco ficaram abaixo das expectativas da gravadora, obrigando o grupo a
retornar a Bahia e logo depois decretando o fim precoce da banda.
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