quinta-feira, agosto 8

Z de Vingança, Marcos Magah




Por Natan Castro

Escutando (Z de Vingança) de Marcos Magah, podemos perceber que algumas coisas ali não eram pra ser, alguns arranjos repetitivos, resumindo, algumas coisas não ficaram legais nesse trabalho. Mas o que nos chama atenção no final da audição, é que querendo ou não tem uma cara a bater ali, um cara disponibilizando tudo, uma doação, uma entrega, com a sua voz ora tristonha ora lancinante. Marcos Magah canta em alto e bom som, as dores de uma caminhada que nem sempre é feliz. Acompanhado por arranjos setentistas que revisitam uma época onde a dor de cotovelo de verdade estava em alta, o teclado minimoog que eternizou as canções e Roberto e Eramos, e a postura seca dos versos que salpicam lamentos em todas as oito canções do álbum. Servem de pano de fundo da mensagem.


Existiria um paralelo entre o Punk e o Brega? Sim claro que sim, podemos imaginar que um é o extremo do outro, Marcos Magah possui um passado de militância punk em uma banda chamada Amnezia, e nos dias atuais foi acolhido nos braços das influências bregas, por que os extremos nele parecem cair bem melhor que os meios termos. Como ele mesmo fala na letra de (Dedos e Anéis) “Eu tive que me perder, para me achar”. Marcos Magah no final das contas, contando os mortos e feridos, fica no saldo porque se o Z tinha que ter um sentido, a marca da vingança chegou para explicar.



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