Por
Natan Castro
Escutando (Z de Vingança) de Marcos Magah, podemos
perceber que algumas coisas ali não eram pra ser, alguns arranjos repetitivos,
resumindo, algumas coisas não ficaram legais nesse trabalho. Mas o que nos
chama atenção no final da audição, é que querendo ou não tem uma cara a bater
ali, um cara disponibilizando tudo, uma doação, uma entrega, com a sua voz ora
tristonha ora lancinante. Marcos Magah canta em alto e bom som, as dores de uma
caminhada que nem sempre é feliz. Acompanhado por arranjos setentistas que
revisitam uma época onde a dor de cotovelo de verdade estava em alta, o teclado
minimoog que eternizou as canções e Roberto e Eramos, e a postura seca dos
versos que salpicam lamentos em todas as oito canções do álbum. Servem de pano
de fundo da mensagem.
Existiria um paralelo
entre o Punk e o Brega? Sim claro que sim, podemos imaginar que um é o extremo
do outro, Marcos Magah possui um passado de militância punk em uma banda
chamada Amnezia, e nos dias atuais foi acolhido nos braços das influências
bregas, por que os extremos nele parecem cair bem melhor que os meios termos.
Como ele mesmo fala na letra de (Dedos e Anéis) “Eu tive que me perder, para
me achar”. Marcos Magah no final das contas, contando os mortos e feridos,
fica no saldo porque se o Z tinha que ter um sentido, a marca da vingança
chegou para explicar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário