No inicio dos anos 2000 tivemos o velho embate entre E.U.A e
Reino Unido sobre qual seria a banda que iniciaria a década como grande promessa
a explodir no mainstream do bom e velho rock ‘n’ rool. De Nova York vimos o Strokes
revisitando o pré-punk dos Stogges e MC5 e do Reino Unido bandas como
Libertines, The Hives bebiam na fonte do Buzzcooks e The Jam. O tempo foi
passando e com ela à onda de salvação alarmada por todos aqueles que acreditam
nascer a cada semana um novo Nirvana, U2 ou Oasis, dessas bandas somente o
Strokes ainda continua gravando discos razoáveis. Em se falando de anos 2000
uma saída da rota do oba oba de grande banda do momento, aconteceu sem os
holofotes da grande mídia somente em 2007. A alternativa veio através de uma
banda independente de Nova York chamada INTERPOL, depois de dois ótimos álbuns
de estúdios o INTERPOL lançou nesse ano Our
Love To Admire até então a banda era classificada pelos críticos como banda
Neo-Pós-Punk influenciada por ninguém menos que o mítico Joy Division. Sim é
verdade o vocal do Paul Banks lembra e muito o vocal de Ian Curtis, mas em 2007
a banda agrega teclados na sonoridade da banda, dando com isso um tom bem mais
misterioso as músicas.
Em Our Love To Admire
o trabalho harmônico da guitarra foi levado ao limite, o baixo acompanhando o
vocal grave e tristonho de Paul Banks dava o tom nublado das canções. Disparando
metáforas para todos os lados as letras falam de ausências matérias e
espirituais, drogas e amores dilacerados em nuvens de incompreensão. No universo
das composições do INTERPOL diversos temas são insinuados e pouquíssimos colocados
ao fácil entendimento. Paul Banks certa vez disse que as letras são escritas
somente após a música inteira pronta. Our
Love To Admire é meu álbum predileto nos últimos dez anos, perfeito para
aqueles como eu que acreditam que a tristeza é tão necessária como a
felicidade. Esse álbum é perfeito para ouvir na manhã de um sábado de chuva, cheio
de indagações existenciais. Como Paul Banks fala em uma letra do álbum a vida é vinho... E vamos concordar que os
grandes álbuns de rock também.
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