william guri
Neste
momento estou relembrando a minha infância, ouvindo canções do Balão Mágico e
Trem da Alegria, bandas infantis que fizeram sucesso na década de 1980, década
que eu vivi, sendo que eu nasci em 1981.
Graças a
Deus eu nunca passei fome, mas tive uma infância pobre, época que para ter um
brinquedo era sonho distante pra muitas crianças, mas foi uma fase memorável,
pois a crianças do meu tempo tinham "criatividade" porque faziam brinquedos em
latas, garrafas plásticas e resto de madeira.
Daí se
fazia carrinhos, patinetes e muitos outros brinquedos de acordo com a
imaginação da criança, mesmo diante da pobreza e viver numa rua em que não
havia tratamento de esgoto que corria a céu aberto.
Essa foi a
minha infância no Monte Castelo na rua Raimundo Correia, que muitas crianças da
minha geração hoje infelizmente estão na marginalidade, entregue ao mundo dos
crimes, muitos tiveram suas vidas perdidas por morte natural ou mesmo pela
violência que assola as cidades, que também é fruto da imensa desigualdade
social.
São poucas
crianças da minha geração ingressaram nas universidades, os que não ingressaram
estão na luta como trabalhadores no seu dia a dia pra manter melhores condições
de vida as suas famílias.
Esse 12 de
outubro que é o dia das crianças, não sirva apenas de abraços, carinhos,
presentes e recreações, mas também de reflexão, porque numa sociedade em que
vivemos onde impera a desigualdade, exclusão, marginalidade, pobreza e a
miséria, as crianças são as grandes vítimas.
Todos os
dias em todo o mundo, especialmente nos países pobres (incluindo o Brasil e
estado do Maranhão), dezenas, centenas e/ou milhares de crianças morrem de fome,
tô falando da fome, sem contar as doenças, e maioria morrem antes de completar
1 ano de vida.
As
crianças são futuro da nossa humanidade, e são nelas que devemos acreditar num
futuro melhor, mais justo e igualitário, em que todos tenham igualdade e
inclusão. Por isso devemos zelá-las, independente que seja ou não nossos
filhos.
Como dizia
o grande intelectual e revolucionário Ernesto Che Guevara:
“Se você acredita na mudança, aposte nos novos
e não nos velhos”
"A argila principal de nossa obra é a
juventude. Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos para
receber idéias para moldar o futuro."
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