O que seria da MPB? Esse termo calcado pela critica sem a
consolidação de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e
outros após a barra pesada dos exílios deles e de outros. Antes não existia
música brasileira? Claro que sim, porém a personificação através desse termo ficou
bem mais sólida entre público e a mídia em geral na segunda metade da década de
70. Por detrás desses artistas nessa ocasião estavam não tão menos geniais alguns
músicos, muitos desses inclusive provenientes de bandas rock com a maturidade
musical alcançada nos shows, festivais e outras apresentações, esses músicos
diversos deles trilharam um caminho mais seguro em se falando de carreira musical,
deixando para trás a incerteza da estrada do rock que á época se apresentava
desgastada.
Tal acontecimento tornou-se uma tradição com o passar dos
anos, não que não existam bandas de rock nacional com carreiras consolidadas,
claro que não Barão Vermelho, Kid Abelha, Titãs, Ultraje a rigor isso para não citarmos outras bandas e até
medalhões da jovem Guarda que ainda estão na estrada a todo vapor. No ano de
1985 nasceu uma banda no meio daquela avalanche de boas bandas e outras tantas
de qualidade duvidosa, criada pelo baixista Arthur Maia a banda Egotrip, Vocais
(Nando Chagas), guitarra (Francisco Frias), saxofone e teclados (José Rubens) e
na bateria Pedro Gil, filho de ninguém menos que Gilberto Gil. Em 1987 a banda
lançou seu álbum de estreia com a música ”Viagem
ao fundo do ego.” Chegando a ser trilha da novela da Mandala. Egotrip seria
apenas mais uma banda no meio de diversas outras dos anos oitenta se não fosse
algumas curiosidades em torno de sua existência, fugindo um pouco da tradição
Arthur Maia antes de montar o Egotrip era músico de palco de grandes nomes da
MPB. Essa inversão é curiosa nesse caso por conta do sucesso alcançado pelo
Egotrip e também por sua tremenda qualidade musical, tocando um Pop Rock que
esbanjava virtuosidade dos músicos, a viagem sonora se sobressaia ainda mais
porque a banda apontava para o futuro, arranjos modernos e ótimas letras. Infelizmente
em 1990 a banda teve seus trabalhos encerrados por conta da morte precoce do
baterista Pedro Gil que despontava como um dos melhores músicos do instrumento
no Brasil. Após o término da banda Arthur Maia voltou a se apresentar com
grandes músicos dessa vez fora do Brasil entre eles Pet Metheny, Carlos
Santana, George Benson só para citar alguns.
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