O Zeca em varias entrevistas suas li ele citando Camus.
Diz que leu O Estrangeiro com 14 anos e parece que ficou meio pirado da cabeça por dias e talvez
até hoje. Eu com 14 anos não li Camus, mas escutei Zeca, o Zeca Baleiro, pois
andava com balas ( doces e não de chumbo) no bolso e acabou pegando esse apelido
e adotando como nome artistico. ( Na revista UMDEGRAU lançada aqui na ilha com
uma única publicação, a qual foi um dos editores usava somente o nome Zeca – Data de 1989
e imagino que andava já com as balas no bolso - não só de doces e tb de outras
besteiras )
Após um mudança de Bairro me cerrei dentro de um quarto
na nova casa nova e em solidão me caiu nas mãos o album Por onde andará Steven Fry? E de cara me identifiquei e fiquei lá
escutando todas as faixas daquele álbum e principalmente duas faixas: Bandeira e Scap. Dali em diante larguei de escutar metalica, the cure, smashing
pumpkins, sepultura, e tudo que foi me jogado pela MTV e de um célebre programa
de uma rádio daqui chamada TIME ROCK. Zeca havia fundido minha cuca, já era
outra coisa, fazia todo sentido, era o que eu queria.
Um dia ainda tomo satisfações com Zeca que descobri outro
dia que a irmã do meu avô foi casado com uma das irmãs de seu pai. Minha
familia parte de mãe é toda de Arari e a Familia de Zeca tb – só que eles são provenientes
da Síria – Carcomânos como diziam ou árabes e a minha sei que vieram de
Anajatuba e de lá num sei mais...portugueses da silva provavelmente.
Entonce... Vou deixar o clipe da Música Bandeira e o poema
Belo Belo do Manuel Bandeira.
Belo Belo
Belo belo
belo,
Tenho tudo quanto quero.
Tenho o fogo de constelações extintas há milênios.
E o risco brevíssimo - que foi? passou - de tantas estrelas cadentes.
A aurora apaga-se,
E eu guardo as mais puras lágrimas da aurora.
O dia vem, e dia adentro
Continuo a possuir o segredo grande da noite.
Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.
Não quero o êxtase nem os tormentos.
Não quero o que a terra só dá com trabalho.
As dádivas dos anjos são inaproveitáveis:
Os anjos não compreendem os homens.
Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.
Tenho tudo quanto quero.
Tenho o fogo de constelações extintas há milênios.
E o risco brevíssimo - que foi? passou - de tantas estrelas cadentes.
A aurora apaga-se,
E eu guardo as mais puras lágrimas da aurora.
O dia vem, e dia adentro
Continuo a possuir o segredo grande da noite.
Belo belo belo,
Tenho tudo quanto quero.
Não quero o êxtase nem os tormentos.
Não quero o que a terra só dá com trabalho.
As dádivas dos anjos são inaproveitáveis:
Os anjos não compreendem os homens.
Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.
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