Adaptação do conto a Cartomante de Machado de Assis de Luis Ferreira para o Teatro.
Personagens
Camilo
Vilela
Rita
A Cartomante
Mas é tarde.
(...) amor floresce, floresce,
e depois desfolha.
Maiakóviski
ATO
I
CENA
I
(Rita
saia à procura da cartomante. Com o endereço nas mãos. Luz baixa na penumbra
reproduz o ambiente da casa da cartomante. Mesa ao centro e as cartas já na
mesa. Música ao fundo. Cartomante fica sentada na ponta esquerda da mesa. Rita
está em pé à ponta direita da mesa, a Cartomante faz um sinal e Rita senta-se,
as duas olham-se fixamente. A música se finda ao poucos.)
Rita
(ansiosa) – Eu vim...
Cartomante
(lançando as cartas) – Silêncio! A
senhora gosta de alguém.
Rita
– Como
Sabe?
Cartomante
– São
as cartas que dizem!
(Mas
uma vez as duas olham-se fixamente, o silêncio toma conta da cena. Com o
semblante alegre Rita levanta-se radiante e arruma-se para sair, a cartomante a
interrompe com um aviso.)
Cartomante
– Há
mais coisas entre o céu e a terra do que nossa filosofia.
(A
luz apaga-se ao poucos.)
CENA
II
(Ao
voltarem do teatro Rita e Camilo caminham em direção a casa de Vilela. Vilela os
recebe na sala, os três se abraçam.)
Vilela
-
Que bom vê-lo Camilo há tempos não o recebo em minha casa!
Camilo
- Exagero seu meu grande amigo! Por que não fostes ao teatro conosco?
Rita
– Vilela prefere os livros ao ar puro... (Beija
Vilela carinhosamente.)
Vilela
– Advogado não tem tempo para essas coisas.
Camilo
– Estás exagerando, eu te conheço. (ri.)
Rita – Até parece que você não conhece o
Vilela, de casa para o trabalho e do trabalho para casa.
(Os
três riem.)
Vilela
– Vamos... Sente-se, Rita traga vinho para nós.
Rita
– Está bem! (Saindo de cena.)
Camilo
– Não é preciso, eu já vou indo...
Vilela
– Insisto que fique afinal somos amigos. (senta-se.)
Camilo
–
È verdade. (senta-se.)
Vilela
- A verdade é que eu não tenho tido tanto tempo disponível, e o pior é que ouço
todos dizerem a mesma coisa, as pessoas não tem mais tempo. Sabe Camilo é
humilhante ouvir um homem dizer que não tem tempo quando está vivo... Tudo isso
é filosofia. Se não fosse você para fazer um pouco de companhia a Rita eu
estaria perdido.
Rita (entrando com uma bandeja e três
taças de vinho) - Aqui está!
Vilela (para Rita)- Como
foi a peça? Diga como foi?
Rita-
Maravilhosa!
Camilo
(para Vilela) - Então terminou o
trabalho?
Vilela
- Ainda tenho para toda a madrugada, sabe você é que estava certo não passou
horas e horas nos livros queimando a mente, passou gozando a vida. Seu pai
queria que fosse medico. Lembra quando éramos garotos quando sua mãe fazia
promessa e ascendia vela para que você fosse medico? Eles queriam que você
fosse doutor. Ela ascendia para mim também..., só que comigo deu certo,
tornei-me advogado. O Camilo não, se tornou funcionário publico.
Camilo
– Foi ela que me concedeu o emprego.
Vilela
- Mas não deve ser tão ruim assim, claro que não há dinheiro, mas para que
dinheiro? Se para as boas coisas da vida, as boas mesmo não é preciso dinheiro,
de acordo comigo Camilo?
Camilo
- Ainda bem que as velas para você funcionaram, você fala demais tem que ser
mesmo advogado, meus parabéns “Senhor Advogado”.
Vilela
- Muito obrigado, a conversa está boa, mas o trabalho me chama você fica
fazendo um pouco de companhia a Rita...
Camilo (tremulo) – Não posso, já demorei
demais, amanhã tenho um compromisso muito cedo e...
Vilela
– Nada disso... Você fica. Fique e jogue uma partida de dama com a Rita, aposto
em você Camilo, (para Rita) Tome
cuidado com ele Rita, ele está com cara de quem vai ganhar e eu vou trabalhar,
divirtam-se. (sai de cena.)
(A
mesa de centro da sala está com o tabuleiro e as peças, o casal joga por alguns
minutos ao acompanhamento de uma leve musica ao fundo. Olham-se fixamente e a
mão direita de Rita encosta em seu lábio e o direciona para os lábios de
Camilo.)
Rita
- Estás deixando de gostar de mim, por isso quer acabar o jogo e ir embora.
Camilo
- Eu já disse que aqui não é lugar para discutir este assunto, o Vilela pode
aparecer a qualquer momento.
Rita
- Então diz que me ama! Diz! Senão não te deixo ir embora...
Camilo
(mudando de tom)- Eu já falei que não
quero falar sobre isso...
Rita
– Viu como você está? Nunca falou comigo assim antes.
Camilo
(levante-se enfurecido) - Eu vou
embora!
(Rita atravessa a frente de Camilo)
Camilo
– O que é isso?
Rita
- Não vou deixá-lo ir... Quero um beijo!
Camilo
– Você está louca!
Rita
(impedindo a saída de Camilo) –
Promete que vem me ver! Você não ficou
zangado?
Camilo
- Eu não sei. Adeus. (Sai de cena)
Rita
– o que será que aconteceu?
(Entra
Vilela)
Vilela
– O Camilo já foi?
Rita
– Já.
Vilela
–
Aconteceu alguma coisa?
Rita
– Não, está tudo bem. E o trabalho já terminou?
Vilela
– Estou terminando um caso delicado, requer muita atenção.
Rita
– E do que se trata?
Vilela
– De um desvio de moral da nossa era, uma mulher mandou matar o marido em troca
do amante.
Rita-
Meu Deus que absurdo! Com que chances ela pensa em sair em boa situação?
Vilela
– Para uma mulher?... Absolutamente nenhuma, a justiça decide severamente sobre
tais fatos, tem o dever implacável a moral e as convenções, isto comportasse
com leviano e grosseiro a ética de uma senhora de família. Evidente a mesma
levara todas as acusações tendo em visto que a família da vitima não poupara
esforços para que a justiça se cumpra. Contrario fosse o acontecimento, o
marido ganharia absolvição de imediato autenticando assim a moral e os bons
costumes.
Rita
- Fico espantada com tanta justiça.
Vilela
– Não há necessidade de tanto espanto! Deixe que as coisas tomem seu rumo, a
vida tem de seus truques.
Rita
- Santo Deus o que mais me estremece é sua critica fria ao falar da
pobre mulher, afinal como qualquer outra pessoa neste mundo ela também carece de
desejos e fraquezas.
Vilela
– Ah! Mudemos de assunto e vamos dormir que amanhã teremos um dia cheio, feliz
mesmo é Camilo sem duvidas a sua ausência aqui em casa deve ao fato de alguma
paixão que estremece o coração do rapaz tendo...
Rita
- Como pode afirma tamanha certeza?
Vilela
– Calma eu apenas suponho, alem do...
Rita
– Não supõe mais, ausente é você que prefere mais o trabalho a mim.
Vilela
-
Meu amor perdoe-me não quis magoá-la, sabes que tenho muitos deveres, e a atenção
que não posso te dar peço a Camilo que possa dar a você...
Rita
– Não é o bastante, sabes que tenho um grande amor por você.
Vilela
- Eu mais ainda, mas o porquê de tanta euforia ao apenas supor o romance de
Camilo e alguma moça?
Rita
– Não nos convém conversamos sobre isto agora, deixastes muito aborrecida quero
dormir.
Vilela
– Peso-te. Um milhão de desculpas.
Rita
– (para si) Será verdade? Será se
Camilo está apaixonado por outra? Não pode
ser sempre estivemos juntos e...
Vilela
- Disse alguma coisa?
Rita
- Não disse nada, o trabalho está lhe fazendo ouvir coisas.
Vilela
– Está com a certeza. Mas quero ouvir uma coisa de você.
Rita
- Qual?
Vilela
– Que me ama!
Rita
–
você sabe.
Vilela
– Então diga.
Rita
(com duvida) – Amo-te.
(abraçam-se)
CENA
III
(Casa
de encontro dos amantes encontra-se Rita e Camilo).
Camilo
(aos risos) – Fostes há uma
cartomante?! (ri)
Rita
– Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois saiba que fui e
que ela adivinhou o motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o que
se tratava. Apenas começou a colocar as cartas e disse-me: “A senhora gosta de
uma pessoa...” (Camilo aos risos), não
ria, estou falando serio (risos de Rita).
Camilo
– Está bem, prossiga.
Rita
– Onde eu estava... Ah! Sim, então eu confessei que sim e ela continuou a botar
as cartas, combinou-as, e no fim declarou que eu tinha medo de que você me
esquecesse, mas que não era verdade...
Camilo (aos risos)- Errou!
Rita
- Não diga isso Camilo. Se soubesse o quanto tenho andado por sua causa. Você
sabe; já lhe disse. Não ria de mim, não ria... (risos).
Camilo
(Tomando-a pelos braços, olhando em seus
olhos) – Juro que lhe quero muito, mas estes seus espasmos são ingênuos e
infantis, não precisa ter medo, viveremos juntos para sempre, e que em todo
caso a melhor cartomante sou eu, confie em mim.
Rita
(beijando-o)- Está bem!
Camilo
(Repreendo-a) – Não é de bom tom
andar por estas casas. Vilela pode saber, e depois...
Rita
– Qual saber! Tive cautela ao adentrar a casa.
Camilo
– Onde fica?
Rita
– Aqui perto, na Rua da Guarda Velha, não passava ninguém nesta ocasião.
Descansa; eu não sou louca.
Camilo
(risos) – Tu crês deveras nestas
cousas?
Rita
– “Há muita coisa misteriosa e verdadeira neste mundo”, se não acreditas,
paciência, mas o certo é que a cartomante adivinha tudo. Quer mais?
Camilo
- Absolutamente. Eu também já tive minhas superstições, houve um dia que deixei
cair por terra toda essa vegetação parasita, e ficou o tronco da religião, mas
hoje já não acredito e digo mais; negar também é afirmar.
Rita
– Pareces que não acreditas em nada, quando sua mãe morreu não te apegastes em
nenhum santo ou a qualquer divindade.
Camilo
- A morte sempre vem planando a feição de um sol novo. Creio eu que se não
fosse você e o Vilela não sei o que seria de mim.
Rita
- Amizade do Vilela foi tanta que cuidou sozinho do enterro, dos sufrágios e do
inventario, também...
Camilo
– E você do meu coração, como ninguém faria melhor.
Rita
–
Passávamos tanto tempo juntos que meu corpo estremecia...
Camilo
– Eu tentei fugir, mas não pude.
Rita
-
Eu apenas me entreguei.
Camilo
– Estimo muito a confiança de Vilela ser a mesma.
Rita
- Mas não entendo, o porquê suas visitas cessaram inteiramente?
Camilo
– Para evitar mais suspeitas!
Rita
– Não compreendo...
Camilo
(tirando uma carta do bolso) – Veja!
E leia.
Rita
(com a carta em mãos)
– “A aventura é sabida de todos”. Meu
Deus!
Camilo
(tremulo) – Isto
fez com que me afastasse, tive medo... , nossas visitas tornavam-se mais
intimas, deixei de ir à casa de Vilela para
que não ocorresse mais suspeitas.
Rita
–
Mas quem pode saber de nossa relação, foi só esta carta?
Camilo
–
Houve outras duas que me tiraram o sono.
Rita
-
Devemos manter a calma, não pode ser advertência da virtude, mas despeito de
algum pretendente. A virtude é preguiçosa e avara, não gasta tempo nem papel;
só o interesse é ativo e prodigo.
Camilo
–
Temo que o anônimo possa ter com Vilela ou que o próprio anônimo possa ser Vilela,
a catástrofe virá sem remédio.
Rita
–
Creio ser possível. Bem!Eu levo os sobrescritos para comparar com as letras de
Vilela, se forem iguais, guardo-as e rasgo-as...
Camilo
–
Não. Entregue-as há mim e estará seguro.
Rita
– Volte às visitas costumeiras a casa de Vilela...
Camilo
– Aparecer depois de tanto tempo, é confirmar a suspeita e a denuncia.
Rita
–
De fato é uma verdade. Mas por toda certeza deste mundo não pode ser Vilela.
Camilo
– Creio que sim, melhor nos separamos hoje e nos vermos quando puder.
Rita
–
Não quero te perder.
Camilo
(beijando-a)
– Muito menos eu, mas tem que ir já esta muito tarde. Vá! E nos veremos quando
puder.
CENA
IV
(Fim
de tarde entra Rita em sua casa com sacolas, parece vir de compras. Vilela
encontra-se no sofá com sua garrafa de uísque.)
Vilela
(sombrio)
- Há esta hora em casa?
Rita
(espantada) – Vilela... Você!
Vilela
–
Por onde estavas?
Rita
–
Eu... Estava...
Vilela
– Num país perfumado, a um sol de fogo e pena.
Rita
- Está tão frio, o que se passa?
Vilela
– O último jogador sempre tem a ficha nas mãos.
Rita
– Não consigo compreender o que dizes, falas...
Vilela
– Vá para seu quarto e lá fique, e não se esqueça de que amanhã sairemos para
passear em frente a igreja, é bom que rezemos juntos, e que peça a graça divina
para que lhe arranque da memória algum espinho oculto.
Rita
– O que queres dizer com isso? Sinto-me quase que acusada.
Vilela
– Nada em relação a nada, um todo que se torna em todo não preenche sua parte.
Agora vá, tenho muito trabalho a fazer.
Rita
– Bebes exageradamente.
Vilela
–
Só para não sentir o fardo do tempo.
Rita
- Não é só de hoje que percebo que ficas estranho comigo.
Vilela
-
Possa ser o mal ainda uma virtude; estou cansado e não prolongarei a conversa,
e saiba que este velho homem te ama e te quer bem.
Rita-
Deixe-me ao menos dar-te um beijo antes de dormir.
Vilela
– Sim, e eu te retribuirei com um beijo mais quente e cheio de amor.
Rita
– Estou com medo.
Vilela
–
Não precisa ter medo, o nosso amor é belo
Rita
(em lágrimas) – Que os céus tenham
piedade de mim...
Vilela
- É o que desejo de todo coração. A morte para todos nós é apenas uma questão
de horas.
Rita
– E de toda forma, tu me assustas, quando revira os olhos de tal maneira. Não
faço a menor ideia do que te deixastes assim tão amável e tão estranho, todavia
boa noite, te espero na cama. (corre para
seu quarto)
(Vilela
levanta-se. A luz diminui aos poucos em Vilela olhando para sua arma na mão e
cresce lentamente em Camilo ao outro lado da cena lendo um bilhete com o som em
of.: “Vem já, já, à nossa casa; preciso falar-te sem demora.”)
CENA
V
(Camilo,
caminha inquieto e nervoso pela rua, lendo e relendo o bilhete. Sons de
charretes e gritos de pessoas. A cena tem que transparecer uma rua muito movimentada.
Luz que lembre uma tarde ensolarada.)
Camilo
(nervoso) – Vem já, já em nossa
casa... Por que sua casa? Seria mais natural que me chama-se ao escritório. Vem
já, já, para quê? Quanto antes melhor... O tempo voa... Não consigo pensar em
outras coisas. A ansiedade aperta meu peito. E se me sobrasse tempo... Vem já,
já... Pergunto-me. Já estou quase no fim da Rua da Guarda velha e uma carroça
atravanca o caminho. Vou esperar! O tempo me consolará a dor da preocupação. A
agitação parecer ser grande. Será se devo voltar à primeira travessa, não, vou
esperar que logo seja retirado o obstáculo e chegarei a tempo e mais calmo. (avista a cartomante. A partir deste
momento a cartomante a aprece e desaparece diversas vezes como se fosse um
vulto dentro da cena.) Mas o que é aquilo que percebo ao longe? Vi a
cartomante que Rita me falara anteriormente e com essas mesmas descrições. Não,
não há tempo para crendices, mas minhas pernas querem segui - lá... Estou
diante de um longo véu opaco... Vou ao seu rastro.
(Camilo
seguiu o vulto da Cartomante. Neste momento ocorre uma graduada transição da
luz ensolarada para uma luz baixa reproduzindo aos poucos o ambiente da
cartomante; mal iluminada, clima sombrio, ar de pobreza, duas cadeiras e uma
mesa. A Cartomante e Camilo encontram-se frente a frente.)
Cartomante
- Sente-se, estava sua espera.
Camilo
– Obrigado!
Cartomante
(jogando as cartas na mesa) – Vejamos
primeiro o que e que o traz aqui. O senhor tem um grande susto.
Camilo
(maravilhado) – Sim!
Cartomante
– E quer saber, lhe acontecerá alguma coisa ou não...
Camilo
(vivamente) – A mim e a ela.
Cartomante
– Espere! (Baralhado as cartas). As
cartas dizem
Camilo
– O que dizem?
Cartomante
– Não tenha medo, nada acontecerá nem a você e nem a ela. O terceiro entre
vocês ignora tudo e nada sabe ao respeito do amor entre você e essa linda moça,
Mas tenham muita cautela. O amor que os liga é único e verdadeiro, nada pode
separar, nasceram um para o outro, tudo ocorrerá bem.
Camilo
(apertando a mão da Cartomante) – A
senhora restitui-me a paz do espírito.
(levantou-se e riu.)
Cartomante
–
Vá, vá ragazzo innmamorato... (de pé
toca-lhe a testa. Direciona-se a um prato de passas e começa a comer.)
Camilo
(tirando a carteira do bolso) – Passas
custam dinheiro, quantas quer mandar buscar?
Cartomante
– Pergunte ao seu coração.
(Camilo
entrega-lhe uma boa quantia)
Cartomante
– Vejo bem que o senhor gosta muito dela... E faz bem; ela gosta muito do
senhor. Vá, vá tranqüilo cuidado com a pouca luz e ponha o chapéu. (a cartomante o acompanha ate a luz se
tornar mais clara demonstrando a saída, e depois some. Ficando apenas Camilo.
Voltam os sonhos de passos e pessoas. Ambiente rua.)
Camilo-
Tudo agora me parece muito melhor, o céu está limpo sinto-me consolado. Tudo
não passava de um momento pueril. Vilela é meu amigo e não uma ameaça.
(Camilo.
Percorre a rua alegre. Os sons de rua terminam. Camilo pára fecha os olhos e
ouve sons de águas. Como se estivesse parado. Em frente o mar.)
CENA
VI
(Casa
de Vilela. Ambiente silencioso.)
Camilo
– Desculpa, não pude vir mais cedo; que há?
Vilela
– Venha comigo.
.
(levando Camilo para o outro lado. Ascende a luz. Ao fundo encontrasse Rita
morta.)
Camilo
(grito) – Rita! (abraçando-se com o cadáver de Rita)
(Vilela
com as feições decompostas, saca o revolver e atira em Camilo pelas costas.)
Fecham-se
as cortinas.
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