Alguns
campeonatos estaduais já encerraram, e o que se vê é o fortalecimento e
organização ao comparar com os anos anteriores e o descrédito de outros
marcados por sucessivos erros principalmente por parte da arbitragem.
O
campeonato maranhense deste ano pode ser considerado o melhor nos últimos 20
anos, porque primeiramente seguiu o calendário da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF), não prejudicando os clubes locais, como no caso o Sampaio Correa
que vai disputar além do maranhense, a Copa do Brasil e o Brasileiro da Série
B.
O
Moto Club após disputar a série b do maranhense do ano passado (2013) e por ter
montado o seu elenco as vésperas do inicio do campeonato, foi a grande novidade
apesar de ser um grande, tradicional e maior rival do Sampaio Correa, mas em
campo fez por merecer ao fazer uma grande campanha a ponto de tá em disputa
pelo título, o que acabou ficando com o seu maior arqui-inimigo.
O
campeonato maranhense e os demais estaduais no nordeste receberam a cobertura
televisiva e jornalística do Esporte Interativo e outros canais por assinatura
e teve o patrocínio da montadora GM (General Motors)/Chevrolet que já vem sendo
patrocinado desde 2012.
E
para valorizar ainda mais o futebol, o Sampaio Correa e o Moto Club são
representantes maranhenses da Copa do Nordeste no ano que vem (2015),
considerado o mini brasileiro organizado pela CBF e federações estaduais, o que
aumenta a competividade do campeonato nos anos seguintes.
Os
campeonatos estaduais da região norte e nordeste passaram a ser mais valorizado
em virtude dos grandes clubes locais não estarem sequer na série b do
brasileiro, no caso Paysandu – PA que foi rebaixado do ano passado (2013) para
a série c e o Clube do Remo seu maior rival não disputou sequer a série d de
2013 e disputará de 2014.
O
Santa Cruz – PE, Sampaio Correa – MA, Vila Nova – GO e o Luverdense – MT
subiram para a série b do brasileiro de 2014, os dois primeiros são do nordeste
e dois últimos são do centro-oeste que também não é valorizado em relação a sul
e sudeste, exceto o Goiás que tá na série a, isto fortalece o futebol
nordestino e também do centro-oeste que o Goiás deixa de ser o foco da grande
imprensa esportiva.
Devido
a valorização dos estaduais e o fortalecimento do futebol regional, a série b
do brasileiro poderá ser o campeonato mais disputado nos últimos anos, dando
trabalho para os grandes que está na luta pra voltar a série a como o Vasco da
Gama, rebaixado pela segunda vez a série b em 5 anos, e na segunda rodada
perdeu para o Luverdense no estádio Arena Pantanal de Cuiabá – MT que será o
palco da copa do mundo FIFA (Federação Internacional de Futebol e Associações),
mostrando o nível de disputa e o grau de dificuldade que terá para voltar a
elite do futebol nacional.
E o
Luverdense assim como o Sampaio Correa, Santa Cruz e Vila Nova que disputaram a
série c de 2013, poderão dar grande dor de cabeça aos clubes que já estão
habituados a disputar a série b, como o Ceará – CE, América – RN, ABC – RN,
Náutico – PE, América – MG, Bragantino – SP e os demais clubes.
Os
estaduais mais chamativos e atrativos que são o mineiro, carioca, paulista,
gaúcho, paranaense e catarinense também se valorizaram mais, isso se deve os
investimentos que os clubes pequenos e medianos tem dado para o campeonato,
enquanto os grandes não tem dado importância para o torneio.
A
prova disso são os grandes clubes que disputam a elite do campeonato
brasileiro, a série a, e a libertadores que são realizados todos os anos e
esses clubes como o Atlético – MG, Cruzeiro – MG, Santos – SP, Palmeiras – SP,
Corinthians – SP, São Paulo – SP, Fluminense – RJ, Botafogo – RJ, Vasco da Gama
– RJ, Flamengo – RJ, Grêmio – RS, Internacional – RS, Atlético – PR e Coritiba
– PR estão sempre disputando o campeonato da elite do futebol nacional e o
torneio continental.
Em
razão disso, não têm dado importância para o campeonato de seus estados, a prova
disso e que este ano (2014) o campeonato paulista pela primeira vez em 13 anos
(desde 2001) nenhum clube paulista disputou a libertadores, e fez que os
grandes focassem mais o campeonato, mas tiveram que enfrentar os clubes do
interior que são bem organizados taticamente e administrativamente, e sempre
focaram o estadual.
O
Corinthians não passou da fase de grupos para o mata-mata, o Palmeiras não
passou do Ituano da cidade de Itú – SP, o São Paulo não passou do Penapolense
da cidade de Penápolis – SP que bateu o Santos na fase de grupo pelo placar de
4 a 1 e deu trabalho para o time santista se classificar na final, já que
disputavam a semifinal.
A
final do campeonato paulista foi Santos e Ituano, dois times do interior sendo
que o primeiro é o grande clube e o segundo time pequeno, mas que vem em
ascensão nos últimos anos e se colocando entre os times intermediários, e o
campeão acabou sendo o time da cidade de Itú, prova que os clubes pequenos e do
interior sempre usaram o campeonato estadual como planejamento e meta dentro e
fora de campo.
Outro
feito ocorrido foi no campeonato paranaense este ano, após uns 20 anos dois
times do interior disputaram a final do campeonato, que foi entre o Londrina e
o Maringá, despachando os grandes da capital, o Atlético – PR, Coritiba e
Paraná, sendo que este último esteve disputando a série b do estadual no ano
anterior em virtude do rebaixamento.
Isto
tem ocorrido em virtude das federações estaduais ter implantado o modelo de
disputa paritário entre todos os clubes para que haja igualdade na disputa e
seja decididos dentro de campo, com a pressão das torcidas, dirigentes de
clubes principalmente os pequenos e da imprensa esportiva, não está havendo
tanto beneficiamento para os times grandes e as arbitragens estão sendo mais
fiscalizados.
A
valorização e a disputa acirrada dos estaduais está levando ao rebaixamento os
grandes clubes, o último agora foi o Vila Nova que está disputando a série b
após disputar a série c e ter conseguido o acesso, mas foi rebaixado do
campeonato goiano deste ano (2014) para disputar a série b do estadual ano que
vem, a primeira vez de sua história, isso não é nenhuma novidade, os outros
grandes já tiveram o gosto amargo de disputar a série b do estadual, o Moto
Club por duas vezes, o tradicional Rio Negro – AM, CSA – AL, Flamengo – PI, Rio
Branco – ES, Guarani – SP e Portuguesa – SP.
Esses
clubes já foram rebaixados nos estaduais, são clubes de grandes torcida em seus
estados, coleciona diversos títulos locais e por ser mais vezes campeão
estadual, no caso o Rio Branco da cidade de Vitória – ES que tem 36 títulos
estadual no currículo e que atualmente disputa a série b do campeonato
capixaba, como foi dito anteriormente.
A
tendência é os campeonatos estaduais serem mais valorizados, não pelos grandes
clubes em que alguns dirigentes, técnicos e jogadores pregam o fim dos
estaduais, que pra mim seria um desastre e a completa elitização do futebol,
que obrigaria muitos clubes pequenos a fecharem as portas e muitos jogadores a
ficar desempregado, o que seria um total desastre.
Os
estaduais passaram a ser valorizados justamente por clubes pequenos que
planejam e passam a pré-temporada para os campeonatos estaduais antes mesmo do
fim do campeonato brasileiro que quase sempre acaba na segunda semana de
dezembro.
As
federações estão dando maior atenção por esse campeonato e sua importância, a
prova disso é o campeonato paulista que vem se destacando nos últimos anos pela
sua organização feita pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e o modelo de
disputa que permite os grandes e pequenos clubes disputar de forma paritária e
em campo decidem quem é o melhor.
O
campeonato paulista é o mais competitivo do país e mais valorizado entre todos
os estaduais, não por ser do estado de São Paulo, mas pela nível de disputa
dentro das quatros linhas sem muita interferência externa, ao contrário do
campeonato carioca, que há muito tempo perdeu a graça e o brilho por causa da
desorganização da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ).
A
última final realizado no campeonato carioca é a prova viva aos olhos de todos
que acompanham o campeonato e torcem pro seus times, a verdadeira desorganização
e o descrédito em virtude da má conduta dar arbitragens, os dois realizados na
final, sendo a ultima e grande final entre Vasco da Gama e Flamengo, foi uma
aberração aos amantes do futebol.
O
titulo conquistado pelo Flamengo através do roubo da arbitragem num lance em
que o jogador estava completamente impedido e mesmo assim o gol foi validado,
elevou a revolta e ainda mais a crise do futebol carioca que já vem com a
imagem arranhado em virtude do escândalo no ano passado em que o Fluminense foi
rebaixado para a série b e no tribunal de justiça de desportivo, conseguiu se
manter na primeira divisão.
Os
campeonatos quando são menos intervindos dentro de campo, mais disputados se
torna quanto mais disputado é, mais chama atenção do público e consequentemente
de torcedores, quanto mais se chama atenção, mais valorizado se torna e assim
sucessivamente.
O
campeonato paulista é a prova disso, e o campeonato carioca é a prova do
fracasso nos últimos anos com os sucessivos roubos de arbitragem, os estaduais
devem ser valorizados devidamente, e as federações devem intervir menos dentro
de campo e deixar que os resultando aconteçam e permaneçam dentro das quatros
linhas com total imparcialidade e coerência, só assim todos os campeonatos de
forma geral terão o sucesso de público e de torcida.
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