Fonte: um transeunte.
No momento estamos passando dos noventa dias de greve nas
Universidades Federais do Brasil, em se tratando que somos Maranhenses e que aqui
sofremos o reflexo disso através da UFMA. Esse fato seria apenas mais um dentro
de toda cretinice que virou a educação nesse país depois do golpe de 64. Tudo bem
até ai blá blá blá, essas já velhas máximas que somos índios, que moramos no cú
do Brasil, que somos o pior IDH da federação anos seguidos, que todas as
reportagens vinculadas em âmbito nacional mostram tragédias do nosso dia a dia,
tudo bem até ai senso comum. Mas na verdade estou aqui para tocar em uma
constatação que não deveria ser somente minha, mas de todo maranhense atento aos
fatos que nos circundam. É sabido de todo mundo hoje não só em se falando de
Maranhão, mas de Brasil, que 90% de toda essa indigência e desgraça
generalizada se da por conta de uma oligarquia facínora que manda nessas terras
há quarenta anos.
Quarenta anos não são quarenta dias, nem muito menos quarenta
horas. Isso por si só é suficiente para aniquilar qualquer pretensão de avanço
em qualquer área seja ela social, econômica ou cultural. O Sarneysmo é fruto de
antigas práticas usadas na América Latina há bastante tempo, um sujeito usa mão
de um papel de salvador usando como pano de fundo a devastação deixada por um
sanguessuga anterior vestido de politico, em suma populismo puro. Um pouco a
frente à politica dos bons amigos, quem anda comigo, não tem porque se preocupar,
porém fora do meu circulo segure se puder. Em face dessas já referidas práticas no Maranhão
nesses quarenta anos muito dinheiro público no colo de quem menos precisa e como
reflexo a isso falta de saneamento básico, péssima moradia, recursos naturais
mal extraídos, educação medíocre e politica cultural pífia.
Ainda é sabido de qualquer pessoa que consiga enxergar esses
pormenores em nosso estado, que com a chegada do PT ao poder mais a aliança
fisiologista com a bancada do Sarney, o estado mais afetado da federação foi o
Maranhão. Eu diria que foi a última pá de cal nesse defunto que já vinha sendo
sepultado há alguns anos. É triste falar isso como Maranhense que sou mais é a
mais pura verdade. Sou cético a pensar que algo mudará com o atual momento em
nosso estado, a chegada das grandes empresas, o crescimento desordenado da
capital, junto disso a descarada despreocupação com o desenvolvimento
sustentável das poucas áreas naturais que ainda possuímos. O futuro não é nenhum
pouco alentador no meu modo de ver. Pois bem voltemos a UFMA, sim essa
instituição pode não ser uma das melhores do Brasil e nem um modelo de instituição
de excelência em ensino superior, porém ela pode ser encarada como uma saída para
a formação de cabeças pensantes no nosso tão maltratado estado. Querendo ou não
lá se ouvi falar dos grandes nomes do pensamento, se estuda de fato essas
ideias que ajudaram a montar engrenagens de mudanças na história da humanidade.
Mas para minha ou esclarecendo melhor nossa tristeza, o que podemos ver é que
pouco coisa que saiu de lá fez coro ou se colocou atrás das trincheiras da
indignação por essas terras, em minha humilde opinião, nessa ridícula ditadura
que vivemos ainda e em meio a um descarado golpe de estado acontecido
recentemente. Teriam esses estudantes um papel social de senão iniciar uma
revolução com armas em punho, desempenhar então um papel louvável de elucidação
de uma massa tão fora da realidade, algemada pelos mecanismos da desinformação
imposta por uma família que se diz dona desse estado há quarenta anos.
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