Terminada
a Copa do Brasil em que a Sociedade Esportiva Palmeiras – SP sagrou-se campeão
da competição, esse mérito deve-se não apenas aos jogadores, mas também ao
treinador que passou muito tempo sem ganhar títulos, há dois anos no comando do
clube (isso é raro) e vinha sendo alvo de piadas, chacotas e descrédito por
parte da torcida e da imprensa, a ponto de ser chamado pelos críticos
esportivos de ultrapassado e que deveria se aposentar, o Luiz Felipe Scolari.
Ele
conseguiu levar ao Palmeiras a quebra de jejum por títulos nacionais, com o
time limitado e com poucos craques de fato, e não mudou o seu estilo de
jogo-tático, por todos os clubes que ele passou, teve o mesmo método de treinar
e comandar.
Foi
assim no Grêmio – RS, com o futebol bravo, guerreiro e valente, o estilo dele,
e na seleção brasileira em que foi campeão do mundo na Copa de 2002 na Coréia –
Japão, foi do mesmo modo, totalmente desacreditado com alguns jogadores que
vinham de lesão como o Ronaldo “Fenômeno”, por exemplo, e com alguns jogadores
que vinham sendo alvo de críticas por parte da imprensa, e odiado por não ter
convocado o Romário que teve o forte clamor popular e até do Presidente da
República, o Fernando Henrique Cardoso, que o queriam na seleção.
E na
seleção portuguesa foi o auge da sua carreira (pelo menos pra mim), porque foi
treinar uma seleção com o nível de futebol intermediário, com grandes jogadores
como o Luis Figo, por exemplo, mas a seleção em si nunca conquistou um titulo
europeu e teve poucas participações em copas.
Barrou
o ídolo nacional, o goleiro Vítor Baia, quase unanime que por muito tempo foi o
goleiro do Porto – Portugal e da seleção portuguesa, sendo um dos goleiros mais
caros do futebol quando foi comprado pelo Barcelona por 6 milhões de dólares na
época (anos 1990) em que jogou o Ronaldo.
Com
o time limitado de Portugal, conseguiu fazer numa seleção fortíssima,
convencendo o Luis Figo a adiar sua aposentadoria e se tornar um dos cérebros
da equipe, e foi justamente com o Felipão que Cristiano Ronaldo ganhou espaço
na seleção portuguesa, na época tido como grande promessa e revelação.
O
resultado foi o vice – campeonato na Eurocopa em 2004 realizada em Portugal por
uma seleção sem brilho e que não tem tradição alguma e pouquíssimas
participações em copas do mundo, a Grécia. Até hoje eu me pergunto como que a
Grécia conseguiu ser campeã da Eurocopa, porque Portugal merecia ter sido
campeão naquele torneio.
O
Palmeiras e o Felipão calou a boca de todos, principalmente dos críticos, e o
treinador Mano Meneses deve mesmo mais do que nunca montar o time da seleção
para a Copa de 2014, a começar com as Olimpíadas em Londres deste ano (2012).
O
Luiz Felipe é especialista em montar o time, mesmo com as limitações e até de
seus jogadores num time valente, bravo e guerreiro, por exemplo, o jogador
Barcos do Palmeiras, argentino, alto e especialista em jogos aéreos,
principalmente nas cabeçadas que é a sua principal especialidade e ponto forte,
não tem muito talento com a bola no pé, mas é lutador em campo e costuma ajudar
na defesa, estilo semelhante do Jardel (com quase a mesma altura e
especialidade em cabeçadas), época que jogou no Grêmio justamente quando o
Felipão era treinador.
Marcos
Assunção é o cérebro do time, não tem muito talento nos passes e assistências,
mas é mestre nas bolas paradas, especialmente em fazer gols. E foi assim que o
Palmeiras conseguiu conquistar a Copa do Brasil.
Num
eventual fracasso nas Olimpíadas em Londres e a demissão do Mano, o Luiz Felipe
caso seja chamado e aceitar a treinar novamente a seleção brasileira, usará a
mescla de jogadores novos com veteranos, é provável que Marcos Assunção, mesmo
ter passado da idade acima dos 34 anos, poderá ser aproveitado na função de
volante e com mesmo modo que joga no Palmeiras.
O
Brasil pode até não ganhar a Copa de 2014, mas se o Felipão estiver no comando,
poderá fazer o Brasil num time aguerrido, forte, bravo e valente em campo com o
talento individual do Neymar, Oscar, Leandro Damião e Lucas.
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