Em
2009 Honduras foi vítima de um golpe aplicado pelos militares do exército que
depôs o presidente Manuel Zelaya que queria alterar a constituição pra obter o
terceiro mandato sem o apoio popular expressivamente.
Agora
em 2012 de forma relâmpago, o Paraguai através do Impeachment depôs o
presidente Fernando Lugo com a alegação do fraco desempenho de seu governo,
principalmente no conflito agrário do país entre os latifundiários e o movimento sem-terra. Esse argumento posto pelo
parlamente paraguaio (Câmara e o Senado) procede? De certa forma sim, mas se
colocasse em prática e permanentemente, nenhum governo sobreviveria
principalmente aqui no Brasil e especialmente no Maranhão.
Por
trás da desculpa feita pela oposição, é que o agora ex – presidente Fernando
Lugo nunca agradou a elite agrária e industrial do país que durante séculos
governaram e revezavam no poder, e disputavam entre si pelo poder através dos
dois partidos: o Blanco e o Colorado.
Desde
a sua posse, Fernando Lugo vem enfrentando insatisfações dessas elites que
resultou agora no seu Impeachment. Desde a ascensão dos movimentos sociais e
partidos progressistas e de esquerda que resultou na eleição de seus líderes
como o Lula (Brasil), Evo Morales (Bolívia), Michelle Bachelet (Chile), Nestor
Kirchner e Cristina Kirchner (Argentina), Rafael Correa (Equador), Hugo Chaves
(Venezuela), Tabaré Vasques (Uruguai) e outros, vem enfrentando a insatisfação
das elites de seus países que sempre governaram e estiveram no poder.
Quem
não lembra do golpe de estado orquestrado pelas elites e militares com o apoio dos
Estados Unidos contra o Hugo Chaves em 2002? Isso serve de alerta para os
governos progressistas e oriundos da esquerda no nosso continente, inclusive no
Brasil, porque a elite até hoje não engole o país ter sido governado por um
operário – sindicalista e semi – analfabeto, e agora ser governado por uma
mulher que pegou em armas pra combater os militares pelo qual foi presa e
torturada (nem que seja psicologicamente).
A
direita e grupos reacionários sempre tiveram a prática em aplicar golpes de
estado, a própria história está aí pra contar em praticamente todos os países
do continente americano, especialmente na América Latina, pelo qual os
militares sempre são os protagonista com a conivência das elites. O golpe de
1964 aqui no Brasil é um grande exemplo da nossa história recente.
O
impeachment (o golpe de fato) está rodando a América, e está bem próximo aqui
no Brasil, os movimentos sociais, sindicatos, organizações e partidos de
esquerda e progressista devem ficar atentos pra isso, os governos da Venezuela,
Equador, Argentina, Bolívia, Uruguai e inclusive em Portugal já repudiaram e
não reconhecem o novo governo, enquanto o governo brasileiro está ambíguo e
deve de forma direta e enérgica repudiar esse golpe e não reconhecer o novo
governo, porque o posicionamento do Brasil é de grande importância que
influenciará os demais países do continente.
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