Certa vez um amigo me chamou atenção para uma cantora que
tinha estourado na Inglaterra, com uma voz exótica e um figurino idem. Me falava
ainda que comparações a Janis Joplin já
estavam sendo disparados por todos os meios do showbizz, logo após essa
informação procurei ficar longe do burburinho visto que não passava a mim de
uma simples cantora, dessas fabricadas por produtores para soar como grandes
nomes do passado. Depois disso várias vezes vi nos noticiários informações
sobre porte de drogas, clinicas de reabilitação, briga com paparazzi,
bebedeiras e tudo o mais. Todos os ingredientes para uma boa estadia na mídia em
geral. Foi logo após a noticia da sua morte que parei para ouvir e saber mais
sobre Amy Winehouse. O álbum era (Back to Black) ao ouvir os primeiros
acordes da música que dá nome ao álbum, uma voz cantava no contratempo do piano
versos amargurados e dilacerantes, dizendo coisas sobre voltar ao luto por
conta de um amor não correspondido desde sempre, a banda lembrava os melhores
momentos do soul, jazz com arranjos refinadíssimos, Amy usava um penteado encaracolado e possuía um olhar sarcástico, maquiagem
pesada.
Ali na minha sincera opinião estava uma artista de uma outra época e não sei por que carga d’água estava cantando nos dias atuais, nesses tempos de tão pouco sentimento musical. Amy Winehouse descendi de uma linhagem rara de cantoras que não conseguiam distinguir suas vidas pessoais com a artística, eu havia acabado de ouvir uma das canções mais tétricas no alto sentido da palavra, tomado o mesmo drink seco, se fechasse os olhos poderia olhar Amy, Janis, Billie Holliday, Elis Regina chorando do backstage suas dores, bem diferente do que qualquer fã poderia imaginar. A música tem dessas coisas, esses feedbacks nos mostrando que nem sempre o colorido do momento está ligado a verdade artística, e que uma hora ou outra o retorno ao lado negro é imprescindível para todos nós.
Ali na minha sincera opinião estava uma artista de uma outra época e não sei por que carga d’água estava cantando nos dias atuais, nesses tempos de tão pouco sentimento musical. Amy Winehouse descendi de uma linhagem rara de cantoras que não conseguiam distinguir suas vidas pessoais com a artística, eu havia acabado de ouvir uma das canções mais tétricas no alto sentido da palavra, tomado o mesmo drink seco, se fechasse os olhos poderia olhar Amy, Janis, Billie Holliday, Elis Regina chorando do backstage suas dores, bem diferente do que qualquer fã poderia imaginar. A música tem dessas coisas, esses feedbacks nos mostrando que nem sempre o colorido do momento está ligado a verdade artística, e que uma hora ou outra o retorno ao lado negro é imprescindível para todos nós.
2 comentários:
Sem dúvida, esse foi o melhor retrato de um álbum feito por ti, Natan!
Até parece que estou vendo, Billie Holiday, Janis, Elis e a Amy disparando sorrisos!
Parabéns!
Mari
Mais uma adicta que morreu sem conhecer a mensagem de NA...
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