Por Willian Washington de Jesus
No dia 28 de agosto num jogo entre Grêmio – RS e Santos – SP na arena do olímpico, estádio do clube gaúcho, válido pela Copa do Brasil, aconteceu mais um episódio de racismo envolvendo um jogador negro, e nessa vez foi o goleiro do Santos, o Aranha que foi xingado, insultado e chamado de “macaco” por torcedores do Grêmio, visto que o mandatário da partida estava perdendo no placar de 2 a 0.
Este não é o primeiro e nem será o último episódio racista no nosso futebol, mas ao longo deste ano que ainda não acabou presenciamos vários fatos ocorridos, entre eles envolvendo o Arouca, volante do Santos em que atua o Aranha, na partida com o Mogi-Mirim pelo campeonato paulista, o árbitro que estava apitando uma partida no campeonato gaúcho neste ano entre o Esportivo e o outro time que no momento não me recordo, e após a partida ao ir a estacionamento que estava o seu carro, viu bananas jogados em cima do seu veículo. A torcida do Esportivo que praticou atos racistas não foi punido, mas o clube foi rebaixado à segunda divisão do campeonato gaúcho no ano que vem.
E também num jogo entre Grêmio e Internacional pelo campeonato gaúcho em que a torcida do gremista xingou e insultou o zagueiro Fernando do Internacional, o chamando de “macaco”, e sem contar episódios ocorridos no exterior, entre eles o Daniel Alves do Barcelona em que a torcida jogou banana em sua direção e o mesmo a comeu como forma de ironizar os que jogaram, e ao longo do campeonato espanhol houve vários atos racistas envolvendo torcidas de vários times.
A diferença do episódio no jogo entre o Grêmio e o Santos foi a reação do goleiro santista ao reagir de imediato ao ser insultado e xingado, paralisou a partida, chamou o árbitro para denunciar e este pela omissão não colocou na súmula e após a partida foi a delegacia fazer a denúncia.
A repercussão foi intensa principalmente por causa da reação do Aranha que não se acovardou e muito menos encarou como algo natural que infelizmente nós negros estamos habituados a situações como essas e levarmos em conta que não passa de uma brincadeira ou no calor da emoção, não sabendo que o racismo se manifesta justamente desta forma.
Com a repercussão midiática, tanto na tv quanto na internet, câmeras foram mostradas para identificar os torcedores que praticaram atos racistas, entre eles/elas, foi flagrada a linda jovem, a Patrícia Moreira, que antes do jogo tinha uma vida normal e tranquila de uma hora pra outra passou ser reconhecida nacionalmente e internacionalmente, passando ser vista única e exclusivamente como símbolo da discriminação existente no nosso país.
Ela derrubou o discurso que durante anos pendurou no Brasil, que o “racismo não existe”, “negros e brancos vivem harmoniosamente em virtude da miscigenação”, “não existe ódio e segregação racial, e sim preconceito de classe entre ricos e brancos” e muitas outras falácias, o movimento negro do Brasil durante anos foi criticado e até mesmo de forma leviana e difamatória ao alegar que o movimento quer implantar no país o ódio e a segregação racial igual à dos Estados Unidos e África do Sul na época do Apartheid e de promover a guerra étnico-racial.
Dizia-se que o Brasil é o país de paz, o futebol e o samba era símbolo da alegria, harmonia e a paz do povo, o Pelé foi usado como símbolo desta falsa paz existente, a Patrícia Moreira derrubou todo esse discurso, não estou aqui a demonizando, até porque ela não é única, a torcida do Grêmio tem o histórico de praticar o racismo, até mesmo o próprio estado do Rio Grande do Sul.
A mídia mostrou a exaustão a sua imagem chamando o goleiro Aranha de “macaco”, com isso perdeu o emprego de auxiliar de dentista, a sua vida social ficou à estaca zero com medo de ser xingada e até mesmo linchada, e passou a viver as escondidas de tudo e de todos, inclusive a sua família ficou fortemente abalado com a reclusa dela após o fato.
Nunca na história deste país ao longo dos 5 séculos, vimos um/uma racista ser penalizada(o) de forma tão cruel pela imprensa, opinião pública e a sociedade em geral, a sua casa em Porto Alegre que ela e sua família havia abandonado por causa do medo e represálias de populares revoltados foi incendiado criminosamente, deixando mais ainda a garota e toda a sua família abalados, o Grêmio, clube do seu coração, foi excluído da Copa do Brasil pelo julgamento de auditores do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), não havendo a necessidade do jogo da volta na Vila Belmiro em Santos – SP.
A exclusão do clube gaúcho causou a ira ainda maior da torcida, que num jogo pelo campeonato brasileiro entre Santos e Grêmio no mesmo estádio que ocorreu o episódio, o goleiro santista, o Aranha, foi hostilizado pela torcida gremista, não o chamaram de “macaco”, mas o chamaram de “branca de neve”, que eu considero uma forma de racismo velado e camuflado para despistar as autoridades, em virtude do racismo ser crime de acordo com a lei.
Com o passar do tempo após tanto desgaste a garota, a mesma imprensa resolveu aliviar a situação dela, primeiramente numa tentativa de encontro dela com o goleiro, o que não aconteceu com a recusa do atleta, em seguida ao conceder a entrevista coletiva perante o seu advogado com pedido de desculpas e afirmar que não é racista porque tem amigos negros e já se relacionou amorosamente com os negros e por último, apareceu num programa de tv da Rede Globo pra ser entrevistada reforçando a tese do seu pedido de desculpas e que não é racista, e agiu com o calor da emoção.
Aranha, o goleiro do Santos é agora hostilizado pela opinião pública e torcedores e indiretamente pela imprensa, quanto a Patrícia Moreira é vista agora como coitada e que merece a segunda chance. E ela não merece uma segunda chance? Todo ser humano merece uma segunda chance.
A sociedade, opinião pública e a imprensa que estão querendo dar a ela uma segunda chance, é a mesma que não perdoa o ladrão de galinha ou sujeito que rouba o pão da padaria e ainda quer reduzir a maioridade penal. Aquele jovem de 15 anos no Rio de Janeiro, dependente químico, de origem pobre na favela e vive de pequenos furtos pra sustentar o vício, que teve o seu pescoço preso ao poste com a trava da bicicleta teve a segunda chance?
Querem perdoar a Patrícia Moreira, a maioria dos jovens que são linchados por populares, são negros e pobres, quem rouba galinha e comete pequenos furtos, são negros e pobres, e pegam penas severas das leis, da polícia e da própria sociedade que anulam o direito de defesa e ter a segunda chance.
O sistema prisional brasileiro não ressocializa ninguém, tornou-se a verdadeira escola do crime em que os ladrões de galinha se tornem bandidos bem mais perigosos e ainda querem reduzir a maioridade penal sem discutir a realidade dos presídios brasileiros, reforçando ainda mais a escola do crime.
Pra mim a Patrícia Moreira deve ser presa e pagar por seus crimes de injúria racial, é a primeira vez na história do Brasil ao longo de seus cinco séculos, uma pessoa pode ser condenado por crime racial de acordo com a lei, e a tendência é só piorar, pois o racismo só vem aumentando ultimamente, tanto dentro quando fora de campo.
Se a justiça não agir com rigor, mais casos de racistas serem apedrejados e terem suas casas incendiadas aumentarão, pois essas práticas são resultado da impunidade do próprio estado que não pune os réus e os que cometem este crime, e não vale alegar revanchismo e nem mesmo ódio racial como alguns cínicos e cretinos querem alegar.
Pois os negros infelizmente se acostumaram a sofrerem discriminação sem revidar e nem mesmo ter o apoio e o amparo de quem quer que seja, e graças a Deus, pessoas como o Aranha fez a gentileza de não se calar e revidar a altivez ao preconceito e a discriminação.
Se o estado através do poder judiciário não agir dentro da lei pra punir os criminosos e racista, que negros e negras reajam no combate ao racismo, preconceito e a discriminação racial.
Este não é o primeiro e nem será o último episódio racista no nosso futebol, mas ao longo deste ano que ainda não acabou presenciamos vários fatos ocorridos, entre eles envolvendo o Arouca, volante do Santos em que atua o Aranha, na partida com o Mogi-Mirim pelo campeonato paulista, o árbitro que estava apitando uma partida no campeonato gaúcho neste ano entre o Esportivo e o outro time que no momento não me recordo, e após a partida ao ir a estacionamento que estava o seu carro, viu bananas jogados em cima do seu veículo. A torcida do Esportivo que praticou atos racistas não foi punido, mas o clube foi rebaixado à segunda divisão do campeonato gaúcho no ano que vem.
E também num jogo entre Grêmio e Internacional pelo campeonato gaúcho em que a torcida do gremista xingou e insultou o zagueiro Fernando do Internacional, o chamando de “macaco”, e sem contar episódios ocorridos no exterior, entre eles o Daniel Alves do Barcelona em que a torcida jogou banana em sua direção e o mesmo a comeu como forma de ironizar os que jogaram, e ao longo do campeonato espanhol houve vários atos racistas envolvendo torcidas de vários times.
A diferença do episódio no jogo entre o Grêmio e o Santos foi a reação do goleiro santista ao reagir de imediato ao ser insultado e xingado, paralisou a partida, chamou o árbitro para denunciar e este pela omissão não colocou na súmula e após a partida foi a delegacia fazer a denúncia.
A repercussão foi intensa principalmente por causa da reação do Aranha que não se acovardou e muito menos encarou como algo natural que infelizmente nós negros estamos habituados a situações como essas e levarmos em conta que não passa de uma brincadeira ou no calor da emoção, não sabendo que o racismo se manifesta justamente desta forma.
Com a repercussão midiática, tanto na tv quanto na internet, câmeras foram mostradas para identificar os torcedores que praticaram atos racistas, entre eles/elas, foi flagrada a linda jovem, a Patrícia Moreira, que antes do jogo tinha uma vida normal e tranquila de uma hora pra outra passou ser reconhecida nacionalmente e internacionalmente, passando ser vista única e exclusivamente como símbolo da discriminação existente no nosso país.
Ela derrubou o discurso que durante anos pendurou no Brasil, que o “racismo não existe”, “negros e brancos vivem harmoniosamente em virtude da miscigenação”, “não existe ódio e segregação racial, e sim preconceito de classe entre ricos e brancos” e muitas outras falácias, o movimento negro do Brasil durante anos foi criticado e até mesmo de forma leviana e difamatória ao alegar que o movimento quer implantar no país o ódio e a segregação racial igual à dos Estados Unidos e África do Sul na época do Apartheid e de promover a guerra étnico-racial.
Dizia-se que o Brasil é o país de paz, o futebol e o samba era símbolo da alegria, harmonia e a paz do povo, o Pelé foi usado como símbolo desta falsa paz existente, a Patrícia Moreira derrubou todo esse discurso, não estou aqui a demonizando, até porque ela não é única, a torcida do Grêmio tem o histórico de praticar o racismo, até mesmo o próprio estado do Rio Grande do Sul.
A mídia mostrou a exaustão a sua imagem chamando o goleiro Aranha de “macaco”, com isso perdeu o emprego de auxiliar de dentista, a sua vida social ficou à estaca zero com medo de ser xingada e até mesmo linchada, e passou a viver as escondidas de tudo e de todos, inclusive a sua família ficou fortemente abalado com a reclusa dela após o fato.
Nunca na história deste país ao longo dos 5 séculos, vimos um/uma racista ser penalizada(o) de forma tão cruel pela imprensa, opinião pública e a sociedade em geral, a sua casa em Porto Alegre que ela e sua família havia abandonado por causa do medo e represálias de populares revoltados foi incendiado criminosamente, deixando mais ainda a garota e toda a sua família abalados, o Grêmio, clube do seu coração, foi excluído da Copa do Brasil pelo julgamento de auditores do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), não havendo a necessidade do jogo da volta na Vila Belmiro em Santos – SP.
A exclusão do clube gaúcho causou a ira ainda maior da torcida, que num jogo pelo campeonato brasileiro entre Santos e Grêmio no mesmo estádio que ocorreu o episódio, o goleiro santista, o Aranha, foi hostilizado pela torcida gremista, não o chamaram de “macaco”, mas o chamaram de “branca de neve”, que eu considero uma forma de racismo velado e camuflado para despistar as autoridades, em virtude do racismo ser crime de acordo com a lei.
Com o passar do tempo após tanto desgaste a garota, a mesma imprensa resolveu aliviar a situação dela, primeiramente numa tentativa de encontro dela com o goleiro, o que não aconteceu com a recusa do atleta, em seguida ao conceder a entrevista coletiva perante o seu advogado com pedido de desculpas e afirmar que não é racista porque tem amigos negros e já se relacionou amorosamente com os negros e por último, apareceu num programa de tv da Rede Globo pra ser entrevistada reforçando a tese do seu pedido de desculpas e que não é racista, e agiu com o calor da emoção.
Aranha, o goleiro do Santos é agora hostilizado pela opinião pública e torcedores e indiretamente pela imprensa, quanto a Patrícia Moreira é vista agora como coitada e que merece a segunda chance. E ela não merece uma segunda chance? Todo ser humano merece uma segunda chance.
A sociedade, opinião pública e a imprensa que estão querendo dar a ela uma segunda chance, é a mesma que não perdoa o ladrão de galinha ou sujeito que rouba o pão da padaria e ainda quer reduzir a maioridade penal. Aquele jovem de 15 anos no Rio de Janeiro, dependente químico, de origem pobre na favela e vive de pequenos furtos pra sustentar o vício, que teve o seu pescoço preso ao poste com a trava da bicicleta teve a segunda chance?
Querem perdoar a Patrícia Moreira, a maioria dos jovens que são linchados por populares, são negros e pobres, quem rouba galinha e comete pequenos furtos, são negros e pobres, e pegam penas severas das leis, da polícia e da própria sociedade que anulam o direito de defesa e ter a segunda chance.
O sistema prisional brasileiro não ressocializa ninguém, tornou-se a verdadeira escola do crime em que os ladrões de galinha se tornem bandidos bem mais perigosos e ainda querem reduzir a maioridade penal sem discutir a realidade dos presídios brasileiros, reforçando ainda mais a escola do crime.
Pra mim a Patrícia Moreira deve ser presa e pagar por seus crimes de injúria racial, é a primeira vez na história do Brasil ao longo de seus cinco séculos, uma pessoa pode ser condenado por crime racial de acordo com a lei, e a tendência é só piorar, pois o racismo só vem aumentando ultimamente, tanto dentro quando fora de campo.
Se a justiça não agir com rigor, mais casos de racistas serem apedrejados e terem suas casas incendiadas aumentarão, pois essas práticas são resultado da impunidade do próprio estado que não pune os réus e os que cometem este crime, e não vale alegar revanchismo e nem mesmo ódio racial como alguns cínicos e cretinos querem alegar.
Pois os negros infelizmente se acostumaram a sofrerem discriminação sem revidar e nem mesmo ter o apoio e o amparo de quem quer que seja, e graças a Deus, pessoas como o Aranha fez a gentileza de não se calar e revidar a altivez ao preconceito e a discriminação.
Se o estado através do poder judiciário não agir dentro da lei pra punir os criminosos e racista, que negros e negras reajam no combate ao racismo, preconceito e a discriminação racial.
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